terça-feira, 31 de julho de 2007

Por que "Bira burro"?

Dia desses, falando de futebol aqui no blog, eu quis saber de onde veio o apelido de "Bira burro" para um amapaense tido como um dos maiores craques do futebol brasileiro.
O jornalista Corrêa Neto responde em seu site:
"O Bira que não era burro.
A jornalista Alcinéa Cavalcante quer saber de onde saiu o apelido de Bira “burro”, que algum frustrado colocou no bicampeão brasileiro pelo Inter de Porto Alegre, o jogador de futebol nascido no Amapá que mais fez sucesso no Brasil. É de uma família de craques que tinha Marco Antonio, Aldo, Assis e Haroldo. Não tinha o refinamento de Haroldo, seu irmão e o mais talentoso deles, mas não tropeçava na bola. Jogador medíocre não jogaria num time que tinha Falcão, Batista e dom Elias Figueroa, entre outros. E ele jogou. Na época do Bira no Internacional, foi registrado uma transação singular no mundo do futebol. No interior do nordeste, um clube tirou um jogador de um outro pagando com a moeda forte da região, um jegue. Algum tempo depois Bira perdeu um gol desses que centro-avante fica com vergonha de perder e um locutor apaixonado não perdoou: “tinha que ser o Bira burro”, bradou e completou: “também, o cara foi trocado por um jumento”. Confundiu tudo. O apelido não pegou, para azar dos gremistas e alegria dos colorados, que ainda hoje têm saudades dos gols que o nosso negrinho fazia."

A gasosa dos deputados

Leitora do blog e minha amiga, Ana Maria quer saber quanto cada um dos deputados federais do Amapá recebeu de verba indenizatória por conta das notas de combustível apresentadas neste primeiro semestre.
Então vamos lá:
Sebastião Rocha (PDT) - R$ 23.448,60
Jurandil Juarez (PMDB) - R$ 23.178,72
Davi Alcolumbre (DEM) - R$ 20.000,00
Fátima Pelaes (PMDB) - R$ 17.408,76
Milhomem (PCdoB) - R$ 11.878,01
Janete Capiberibe (PSB) - R$ 10.908,65
Dalva Figueiredo (PT) - R$ 8.670,37
Lucenira Pimentel (PR) - R$ 5.210,00

Cuidado com a Editora Três

Não caia jamais na besteira de fazer assinatura de qualquer revista da Editora Três usando seu cartão de crédito.
De posse do número de seu cartão de crédito, a Editora passa a se achar dona do seu dinheiro. Sem sua autorização, a Editora renova assinaturas de revistas que você não quer mais. E Não adianta você ligar pra Editora dizendo que não quer renovar, ela debita no seu cartão e dane-se. Então, você é obrigado a pagar por um produto que você não comprou e não quer.
E há casos em que, depois da reclamação do assinante, a Editora suspende a entrega das revistas, mas as parcelas correspondentes à renovação que você não autorizou continuam sendo debitadas no seu cartão.
Portanto, muito cuidado na hora de assinar qualquer revista com a Editora Três. Evite usar o cartão para depois não ter aporrinhações nem gastar seu rico dinheiro com a advogado para ter garantido seu direito de comprar apenas aquilo que você deseja, de pagar apenas pelo que você compra.
De acordo com uma matéria publicada no site Consultor Jurídico uma mulher em Porto Alegre teve que cancelar seu cartão de crédito para se ver livre da Editora Três. Recorreu à Justiça e foi indenizada por danos materiais.
"Renovar assinatura de revista sem a autorização do leitor e debitar o valor no seu cartão de crédito gera indenização por danos materiais", explica o Consultor Jurídico.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

ALERTA!

Leitor do blog avisa:
Todos os dias morre pelo menos um recém-nascido na Maternidade de Macapá.
A provável causa, segundo uma enfermeira contactada pelo blog, é a infecção hospitalar.

Meu aniversário de casamento

Hoje eu e meu amor Soeiro estamos festejando 28 anos de casados.
Contando o tempo de namoro e noivado são mais de três décadas de muito amor, ternura, respeito e companheirismo.
E a gente sempre canta assim:
"Eu, vou fazer amor,
Um ninho
Com amor, muito carinho
Pra você se abrigar
Eu vou lhe dar
Amor tão puro
Que maior amor eu juro
Você não vai encontrar
E entre nuvens de beijos
Seus desejos serão meus
Amor, vou lhe dar e é tão sincero
Que você amor espero
Não vai querer me deixar
E quando no fim da estrada
Minha amada
O inverno tristonho chegar
Mais amor eu vou ter pra lhe dar
Faça dos meus braços o seu ninho
Tenho amor muito carinho
E estou a lhe ofertar."

olha a Guatama aí de novo

O radialista Rodolfo Juarez disse hoje, no programa Tribuna da Cidade, que o governo do Amapá contratou a empresa Guatama por R$ 144 milhões (valor superior ao do contrato para construção do novo aeroporto de Macapá) para executar as obras de entorno da Fortaleza de São José de Macapá - que, diga-se de passagem - ainda não começaram.
Segundo Rodolfo o mais estranho é que nenhuma outra empresa retirou o edital de licitação para essas obras, o que pode indicar um jogo de cartas marcadas.
O contrato da Guatama foi assinado com a Secretaria de Estado de Infra-Estrutura.
O espaço aqui no blog está aberto para o governo, se quiser, se manifestar sobre o assunto.
Só pra lembrar - A Guatama é uma das responsáveis pela obra do novo aeroporto internacional de Macapá, de onde já foram desviados, segundo o TCU, algo em torno de R$ 50 milhões.

Marco Aurélio Top-top pede exoneração

O assessor especial da presidência da República Marco Aurélio Top-top disse ontem, no programa "Canal Livre" (TV Bandeirantes) que pediu exoneração do cargo logo depois que o Jornal Nacional exibiu as imagens em que ele fazia gestos obcenos.
O assessor top-top não disse se Lula aceitou ou não seu pedido de exoneração.

Da caixinha de comentários:

Acá nosotros nos perguntamos:? Cuál la razion que Hugo Chavez y Evo Morales fazen y dizen lo que quer con brazil y brasileños ainda baten las palmas para el ditadores.
Evo Morales tomou la força petrobras de brasileños y su presidiente aceitou muy calado y ainda diz que fue justo.
Hugo Chavez faz una propaganda muy ruin en mundo do proalcool brasileño y su presidiente ainda bate las palmas para el ditador Hugo Chavez.
perdón nosa indescricion, más es muy dificil de entender porque brasileños tien tanto miedo de Hugo Chavez y Evo Morales.
la verdad es que si continuar asin Hugo Chavez y Morales conseguindo tudo de brazil na força con mucha facilidad, con cierteza su provincia de ACRE será también tomado na força y con cierteza su presidiente y brasileños van más una vez ficar caladitos y ainda bateren las palmas para el ditadores .
Caros brasileños, mucho cuidado con omision de su governo.
sus divizas eston muy abertas y sien proteción que proporcionan la gran oportunidd para envazión.
Bolivianos, Colombianos y outros más eston la invadir provicias de brazil para desmatamentio y omision de su gorverno es clara.
perdón la sinceridad y portuñol.
Esteban Crustille
Córdoba

Deputado comilão

O deputado federal Evandro Milhomem (PCdoB-AP) gasta mensalmente R$ 9.650,00 em locomoção, hospedagem e alimentação. A conta é paga pelo povo, através da verba indenizatória da Câmara dos Deputados.
Também... daquele tamanhão, Milhomem só pode comer muitoooooo, né não?

Jornalista processado

O governo do Estado move uma ação contra o jornalista Domiciano Gomes. O governo quer R$ 1,5 milhão de indenização por danos morais.
O "crime" de Domiciano foi mostrar, com base em depoimentos e investigação do Ministério Público, um rombo de R$ 1,4 milhão na Agência de Fomento do Amapá.
Edmar Lourinho, que desviou toda essa grana dos cofres públicos, continua livre, leve e solto e ainda rindo da cara do povo, enquanto o jornalista responde processo.
E aí a gente começa a achar que no Amapá roubar não é crime, denunciar o roubo é.
Além deste processo, Domiciano responde a outros sete movidos pelo senador José Sarney.
Aliás, essa onda de processos contra jornalistas no Amapá foi desencadeada pelo Sarney.

Bancada gasolina

A bancada do Amapá na Câmara dos Deputados gastou mais de R$ 110 mil em combustível só no primeiro semestre deste ano, ou seja, os oito deputados amapaenses consumiram mais de 50 mil litros de combustível.
Por conta disso, o eleitorado já anda ironizando. Diz que para fugir do caos aéreo os deputados amapaenses fazem de carro as viagens Brasília-Macapá-Brasília.

domingo, 29 de julho de 2007

Sou privilegiada

A lua vista do quintal da minha casa
Há coisa melhor que sentar numa cadeira de balanço e junto com o maridão ouvir o melhor da MPB, num quintal super ventilado, namorando, batendo um papo gostoso, tomando um drinque e curtindo esse luar?

Nem fui

Nem fui ao estádio ver o Trem sagrar-se campeão do futebol amapaense-2007 ao derrotar o Cristal, ontem à noite, com um gol de Demir aos 25 minutos do primeiro tempo.
Quando eu me arrumava pra ir uma forte chuva desabou. E quando chove, gostoso mesmo é ficar em casa.
Gosto de ir ao estádio vez por outra (em Macapá nós NÃO falamos “ir ao campo”). Fui repórter esportiva nos anos 70.

Quando comecei no jornalismo esportivo, o estádio Glycério Marques – chamado de gigante da Favela – ainda não tinha iluminação. Os jogos só eram realizados domingo à tarde. A preliminar começava às 14h, sob um sol de rachar, e às 16h iniciava a partida principal.
Mais tarde, o Glycerão passou por uma grande reforma, ganhou iluminação e um gramado muito melhor que os do Baenão e da Curuzu, de Belém.
Para a reinauguração o governo do Amapá mandou buscar a Seleção Brasileira de Amadores. Éder Aleixo de Assis, ponta-esquerda do Atlético Mineiro, era reserva da Seleção. Entrou no segundo tempo e não fez nenhum gol. Mesmo assim resolvi entrevistá-lo e ele me falou que seu sonho era disputar uma Copa do Mundo – sonho de praticamente todos os jogadores – e que, portanto, eu não me surpreendesse quando ele fosse convocado, pois tinha certeza que isto iria acontecer. E aconteceu. Alguns anos depois, lá estava Éder disputando uma Copa do Mundo com a camisa amarelinha.
Cobrindo o campeonato brasileiro de futebol entrevistei tricampeões do mundo, como Edu e Clodoaldo. Por várias vezes entrevistei Zico e tantos outros craques que fizeram a alegria de milhares de torcedores.
Aliás, nessa época aconteceu um fato engraçado. O Santos estava em Belém para jogar contra o Clube do Remo e eu teria que entrevistar o tricampeão do mundo Clodoaldo. O técnico do Santos cismou que eu queria era “tietar”. Para ele eu era uma fã que estava querendo me passar por repórter só pra chegar perto do ídolo. Quando exibi minha carteirinha de repórter, ele ficou desconcertado e surpreso, pediu mil desculpas e que eu entendesse a sua desconfiança, afinal não era comum uma mulher cobrir futebol. Era a primeira vez que ele via uma mulher fazendo jornalismo esportivo. Já muito atencioso ele chamou Clodoaldo para me conceder a entrevista e também se colocou à disposição para me dar todas as informações sobre o time, a tática que usaria neste jogo, escalação e tudo o mais.
Mas, voltando ao futebol amapaense. Todas as tardes eu ia cobrir os treinos dos principais times e, no domingo, por volta das 13h me arrumava (sempre calça jeans, tênis e blusinha de malha), colocava na bolsa a caneta e o bloquinho de papel e lá ia pro estádio a três quarteirões de minha casa. Cobria qualquer jogo, mesmo os mais insignificantes como União x 13 de Setembro. Dois clubes tão pobres que certa vez jogaram de chulipa, pois não tinham dinheiro pra comprar chuteiras.
Minha paixão mesmo era cobrir os clássicos Ypiranga x São José e Macapá x Amapá, este era chamado de “clássico vovô”, já que Macapá e Amapá eram os clubes mais antigos. Eu era torcedora do São José, mas adorava ver o Macapá jogar. Confesso que muitas vezes torci mais pelo Macapá do que pelo meu time. Tanto que até hoje ainda lembro o timaço do Macapá que sagrou-se campeão do I Copão da Amazônia. Vamos lá: Aluísio, Castelo, Albano, Assis e Nariz; Aldo e Aldemir França; Haroldo Santos, Bira, Marco Antônio e Barradas.
Logo depois do Copão da Amazônia o Paysandu, de Belém do Pará, veio buscar Aluísio, Albano e Bira. Aluísio não brilhou no futebol paraense porque o técnico Juan Alvarez não gostava de “goleiro baixinho”. Albano andou por Minas Gerais e depois sumiu do cenário. Bira – que não sei porque a mídia nacional apelidou de “Bira Burro”( se você sabe, por favor, me conte)- foi o amapaense que mais brilhou Brasil a fora. Campeão brasileiro várias vezes, artilheiro dos clubes por onde passou, recentemente ele foi homenageado pelo Internacional. Hoje é técnico do Amapá Clube.
Outro que orgulhou o povo amapaense foi Aldo, que do Macapá foi para o Paysandu e de lá chegou ao Fluminense, atuando como titular na lateral esquerda. Dizem que Aldo só não foi para a Seleção Brasileira porque fraturou a perna às vésperas da convocação.
Aldo é irmão de Bira.

Uma particularidade do Macapá era que contava em seu time titular com cinco irmãos. Filhos de Erundino e Joana do Espírito Santo, os irmãos Marco Antônio, Haroldo Santos, Assis, Aldo e Bira eram titulares do Macapá na mesma época.
Não sei de nenhum outro time de futebol neste país que tenha ou tenha tido tantos irmãos jogando juntos.
Se você sabe, me conta aí na caixinha de comentários ou mande-me um e-mail (
alcinea.c@gmail.com)
Também brilharam por aí Roberto Gato (no Nacional, de Manaus) e Jason (no Flamengo), entre outros.
PS. Qualquer dia vou contar aqui uns “causos” do futebol amapaense.E se você tiver algum "causo" pra contar manda pro meu e-mail que a gente publica aqui no blog.

Outro PS - A cobertura completa da decisão do campeonato amapaense de futebol-2007 está no blog futebolamapaense.zip.net

sábado, 28 de julho de 2007

Futebol - Hoje tem decisão

Com baterias de escolas de samba animando as torcidas, Cristal e Trem disputam hoje o título de campeão amapaense de futebol 2007.
O jogo - que será realizado no estádio municipal Glycério Marques - começa as 20h.
Desde ontem torcedores do Trem e do Cristal fazem de Macapá uma cidade mais alegre, enfeitada com as cores dos dois times.
Embora o jogo só comece às 20h a movimentação já é grande no Glycério Marque. E daqui a pouco eu também vou pra lá.
Aproveita, pega a bandeira do teu time, veste a camisa e vai lá também participar dessa grande festa que é a decisão do campeonato amapaense.
Mas cuidado: nada de se exceder na bebida e armar confusão. A hora é de alegria!
Outra dica: melhor ir de táxi ou a pé.
A cobertuta completa desta decisão você pode acompanhar no blog futebolamapaense.zip.net

quinta-feira, 26 de julho de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Vidente diz que nova tragédia aérea está marcada para outubro

O vidente Jucelino Nóbrega da Luz diz que nova tragédia com avião da TAM está marcada para o dia 29 de outubro, no vôo 3300 que sairá de Fortaleza-CE.
Jucelino afirma que em abril mandou uma carta à TAM avisando da tragédia de Congonhas.

Ontem ele mandou uma nova correspondência aos diretores da empresa anexando cópia da carta de abril.
A carta de ontem está no site do jornalista Cláudio Humberto. Para lê-la clique aqui

16 morrem por falta de medicamentos

No Amapá, os portadores do vírus HIV estão há seis meses sem receber medicamentos para combater infecções. Por causa de tamanho descaso com a vida humana 16 pessoas morreram neste período.
A denúncia já chegou ao Ministério Público, que vai pedir informações ao Ministério da Saúde sobre o repasse de dinheiro para o governo do Amapá e investigar o processo de aquisição desses medicamentos.
Se não houvesse tanta roubalheira nesse país não faltaria remédios nos hospitais públicos.

Caesa agride o meio ambiente

A vegetação do entorno da bacia de decantação da Companhia de Água e Esgoto do Amapá está sendo agredida pela própria companhia que, sem qualquer estudo de impacto e sem autorização dos órgãos ambientais, vem retirando toneladas de aterro da área para tapar os buracos abertos nas ruas e avenidas de Macapá para troca de tubulação e expansão da rede de água e esgoto.
O crime foi constatado pela Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual.

Além disso, os técnicos do MP se depararam com outra grande irresponsabilidade: o acúmulo de pneus naquela área servindo de criadouros para o mosquito da dengue.

Búfalos

Degradação de pastagens é o principal problema ambiental da criação de búfalos no Amapá
Por Dulcivânia Freitas, da Assessoria de Comunicação da Embrapa

Na pecuária do Amapá, o rebanho de búfalos já é três vezes maior do que o bovino. Porém, a quantidade não é proporcional à qualidade do manejo dos animais e da pastagem. Essa distorção provoca problemas ambientais como degradação das pastagens, diminuição de animais silvestres e surgimento de plantas invasoras, principalmente o algodão bravo. De acordo com o pesquisador da Embrapa Amapá, Paulo Meirelles, toda atividade humana causa impacto ao meio ambiente. “No caso da pecuária, o impacto é minimizado ou ampliado dependendo da gestão da propriedade onde são criados os animais”, ressalta Meirelles.
O rebanho de búfalos no Amapá é estimado em torno de 180 mil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), enquanto o de gado bovino está em cerca de 60 mil cabeças. Os bubalinos estão distribuídos em áreas inundáveis do Estado, nos municípios de Amapá, Pracuúba, Cutias do Araguary, entre outras localidades da costa do Amapá.
A realidade mostra que a maioria dos criadores de búfalos não faz o manejo adequado das pastagens, mantendo um número de animais maior do que a pastagem suporta. É por isso que acontece a degradação da pastagem, ou seja, a cada ano o pasto vai perdendo a produtividade e esta condição por sua vez causa os impactos ambientais. “É necessário que os produtores ajustem os animais à quantidade de pastos, é uma mudança de foco procurar
a qualidade em vez de quantidade. As áreas de pastos estão sendo manejadas com número de animais superior ao que a pastagem suporta
”, observou Paulo Meirelles.

ALGODÃO BRAVO - Um dos problemas que resultam do modo equivocado na criação de búfalos no Amapá é o aparecimento da planta chamada algodão bravo. Esse problema já se acumula há cerca de 25 anos. Hoje é a principal planta invasora dos pastos do Amapá. Estudiosos do assunto apontam que existem cerca de 100 mil hectares de pastagem nativa do estado atingidos pelo algodão bravo, um arbusto que se dissemina rapidamente, e por ser uma planta tóxica mata o animal.
O uso de herbicida no algodão bravo, entretanto, não é recomendado, porque no Ministério da Agricultura não existe registrado nenhum princípio ativo para matar esta planta. Uma forma de combate recomendado pela Embrapa é a roçagem controlada, um processo lento, mas que é necessário para tentar controlar o avanço intenso do algodão bravo nos pastos do estado. “No Amapá, o problema atingiu uma proporção tão grande que está difícil o controle. Tem que haver uma mudança de consciência e não achar que a natureza é quem tem de cuidar dos búfalos. A solução é ajustar o número de animais à área de pastagem. Quando põe animais demais, o pasto enfraquece e morre e o algodão bravo toma conta”, diz Paulo Meirelles.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Da caixinha de comentários:

O SIVAM serviu como buraco para esconder uma baita de uma grana desviada
O projeto Sivam pelos rumores da época, foi um “acertão” e tanto. É só acompanhar os jornais da época e ver que boa coisa não era... O jogo de interesses reinou na proposta e conclusão do processo! E para o povo, Garcia recomenda: “top-top”. Portanto, nada muda “nestepaíz” (Andre Wernner)
A imprensa vem denunciando esses fatos desde o acidente da GOL e o governo nada faz, fingindo-se de morto e aguardando a próxima tragédia. (Mario Leal)

Coisas de repórter

Eleito governador do Amapá em 1994, João Alberto Capiberibe (PSB) implantou o programa de desenvolvimento sustentável do Amapá, o famoso PDSA - apoiado por muitos e combatido por tantos outros.
Candidato à reeleição, em junho de 1998 Capiberibe reúne a imprensa no Palácio do Setentrião para uma entrevista coletiva. Como sempre, falou quase uma hora sem parar sobre as vantagens do PDSA.
Quando abriu para perguntas, um coleguinha da Rádio Difusora de Macapá - a emissora oficial do governo - apressou-se em levantar a mão para fazer a primeira pergunta. A Difusora transmitia ao vivo a coletiva.
Repórter - Governador, o senhor precisa de mais um mandato para consolidar o PDSA?
Capi - Sim.
Repórter - Pode-se dizer que o senhor é o pai do PDSA e...
Capi - Não! Não! Não! Eu sou pai da Artionka, da Luciana e do Camilo.

Recuando

Ex-deputada estadual Roseli Mattos (PCdoB) desiste de sua candidatura a prefeita de Santana - segundo maior colégio eleitoral do Amapá - e candidata-se a vereadora.
Roseli ingressou na política em 2000 elegendo-se vereadora pelo município de Santana. Em 2002, com o slogan "cara nova na política" elegeu-se deputada estadual, mas não conseguiu a reeleição em 2006.
Recentemente seu grupo anunciou que ela seria candidata a prefeita de Santana, mas semana passada o mesmo grupo já informava que depois de algumas conversas com o prefeito Nogueira (PT), Roseli vai tentar uma cadeira de vereadora. "Vai voltar por onde tudo começou", disse um de seus amigos mais próximos.

Zé Dirceu processa jornalista

Acabo de saber que o ex-ministro Zé Dirceu (PT) move uma ação contra o jornalista Marcel Leal, editor do semanário A Região, de Ilhéus (BA).
Zé Dirceu exige R$ 400 mil de indenização por danos morais. Ele alega que um artigo de Leal publicado no pequeno jornal em 2005 sobre o assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, “influenciou toda a imprensa nacional repercutindo de forma intensa, diariamente”.
Será que foi a imprensa que influenciou o Zé Dirceu a chefiar a quadrilha do mensalão?

Coisas de campanha

Agosto de 1988.
Toca o celular do deputado Lucas Barreto, candidato à reeleição, pelo PSD.
- Alô!
- Alô! Qual é o número aí?
- 41.123. É só digitar e confirmar.
- Não. Eu quero saber o número desse celular
- Ah, sim...

Livro e futebol

O radialista Jara Dias sugeriu hoje em seu programa, Panela do Povo, que o ingresso para as finais do campeonato amapaense de futebol seja um livro. Assim seria possível montar pequenas bibliotecas nos bairros dos dois clubes finalistas: Trem e Cristal.
Esse blog apóia a idéia.

domingo, 22 de julho de 2007

“A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse nem ligasse”
(Drummond)

Um poema de Isnard Lima

GATOS EM AZUL
Há uma decoração estranha
no bar em que bebo:
Onze gatos
Mostrando o pulo azul
De um
Ágil Gato Azul
Tu pulas
Inexistente
Diferente
Azul
Fazes pensar
Que no meu bar
Há um estranho
Mais do que estranho
Que um estranho
Dentro do bar
Poeta, escritor, advogado e boêmio, Isnard Brandão Lima Filho, meu compadre, nasceu em Manaus em 1º de novembro de 1941 e veio para Macapá em 1949. Publicou dois livros: Rosas para a Madrugada (poemas, 1968) e Malabar Azul (crônicas, 1995). Morreu em 11 de julho de 2002 deixando inacabado um livro de memórias e pronta para a publicação a coletânea poética Seiva da Energia Radiante.

Frases de botecos

"Benditos sejam os chatos no exato momento em que se vão"
"60 num bar, 70 sair 100 pagar, aí mando a polícia 20 buscar"
"Freguês educado não cospe no chão, não pede fiado e não diz palavrão"
"Fiado só para maiores de 90 anos acompanhados dos pais"
"Bebeu, caiu? Levantou, pagou, saiu!"
"Fiado? Só em dia de feriado, que o boteco está fechado"
"Promoção! Peça fiado e ganhe um não!”

quinta-feira, 19 de julho de 2007

"Orgulho de ser Fenaj" vence eleição

Volney Oliveira: o Amapá na diretoria da Fenaj
Sérgio Murilo está praticamente reeleito presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
No Amapá a chapa "Orgulho de ser Fenaj" foi unanimidade. Não houve votos nulos, em branco ou na chapa 2, o que comprova a liderança do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amapá, Volney Oliveira, que faz parte da chapa de Sérgio Murilo ocupando a vice-presidência regional Norte II. É a primeira vez que o Amapá estará na diretoria da Fenaj.
Jornalista, poeta e escritor Osvaldo Simões vestiu a camisa mostrando o orgulho de ser Fenaj

Jornalista, radialista e deputado Edinho Duarte

Evandro Luiz, ex-presidente do Sindijor-AP, também votou

Cleber, Evandro, Ary, Hanne, Jackson Barbosa e Silvana: orgulho de ser Fenaj
No Acre a chapa de Sérgio Murilo também foi unanimidade. No Pará, maior colégio eleitoral do Norte, Sérgio Murilo venceu por 140 a 39 votos.
A apuração já terminou na maioria dos estados e a chapa Orgulho de ser Fenaj vence com grande diferença.
A chapa 2 vence apenas no Distrito Federal, Maranhão e Rio Grande do Norte.


quarta-feira, 18 de julho de 2007

Voar na Amazônia é super perigoso


Na Amazônia o Sivam - que custou U$ 1,7 bilhão - além de não garantir a segurança ainda coloca em risco a aviação. Há muito tempo vem se falando na existência de "buracos negros" no céu da Amazônia, ou seja, áreas que os radares não alcançam. Aliás, os radares do Sivam constantemente apresentam pane e quando entram em pane dão informações erradas sobre rumo e velocidade das aeronaves.
Esta semana a revista Veja trouxe matéria sobre o assunto e mostra que no dia 19 de abril, por exemplo, 16 dos 25 radares apresentavam falhas graves.
A Veja diz que "além dos riscos que oferece à aviação comercial, o Sivam é completamente ineficiente para fins de defesa aérea."

Leia a matéria:
"Um buraco chamado Sivam

O Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) foi criado em 1997 para que a Aeronáutica pudesse monitorar o espaço aéreo da Amazônia. O governo investiu 1,7 bilhão de dólares para que o sistema fosse capaz de controlar as rotas de jatos comerciais, o percurso de aeronaves militares, detectar aviões de traficantes e contrabandistas que entram no país, mensurar a devastação ambiental e até mesmo levar telefone a povoados isolados. Em 2002, os dados dos seus radares passaram a ser partilhados pelo Cindacta 4, que cuida do tráfego aéreo no norte do país, e pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que monitora as florestas. A confiabilidade do Sivam foi colocada em xeque pela primeira vez há dez meses, quando o vôo 1907 da Gol colidiu com o jato Legacy. As investigações mostraram que, embora o sistema não tivesse contribuído para a ocorrência, havia buracos negros no céu da Amazônia – áreas que os radares não alcançam. Desde então, VEJA visitou seis instalações do Sivam, entrevistou controladores de vôo, militares, pilotos, reuniu fotografias, gravações e documentos confidenciais sobre o sistema. A conclusão a que se chega a partir desse material é estarrecedora: o Sivam é incapaz de vigiar a Amazônia.
O sistema não opera em condições minimamente aceitáveis para a aviação comercial nem para fins militares. Seus radares sofrem panes constantes. Quando isso acontece, as telas mostram aviões que não existem e informam de forma errada o rumo e a velocidade das aeronaves que estão, de fato, no espaço aéreo. Um relatório da Aeronáutica obtido por VEJA revela que, no início da década, essas panes eram toleradas, porque "poucas aeronaves voavam na região". Desde então, o tráfego aéreo aumentou e a freqüência das falhas também. Um exemplo do risco pelo qual passam as pessoas que sobrevoam a Amazônia é o episódio ocorrido em 27 de março último, na sede do Cindacta 4, em Manaus. Por vinte segundos, o console de controle de vôos indicou que um Airbus A330 da TAM havia colidido no ar com um Boeing 737-800 da Gol entre as cidades de Sinop, em Mato Grosso, e Cachimbo, no Pará. Antes de indicar o desastre, o sistema apontou mais de 100 mudanças repentinas de velocidade, proa e altitude, como se os jatos fizessem acrobacias. Todas as informações eram falsas, inclusive a do acidente. Mas, quando o alarme soou, o controlador de vôo que monitorava os aviões entrou em choque. "O perigo está em um controlador ignorar um perigo real, devido à constante sinalização de alarmes falsos", alerta o documento do Comando da Aeronáutica.

Em 19 de abril, menos de um mês depois, o sistema voltou a entrar em colapso. Dos 25 radares da Amazônia, dezesseis apresentavam falhas graves. Os defeitos foram expostos em uma reunião dos controladores de vôo do Cindacta 4. Um deles filmou o encontro (assista em www.veja.com.br/videos). Em situações em que os equipamentos não funcionam, como naquele dia, o Sivam (que, lembre-se, custou 1,7 bilhão de dólares) entra no que se chama "operação não-radar": os aviões passam a sobrevoar a Amazônia quase que completamente às cegas e são guiados apenas por rádio. Essas falhas no sistema de controle aéreo têm as causas mais variadas, que vão desde a falta de regulagem dos radares até as fortes chuvas que atingem a região e interferem na transmissão de dados.

Além dos riscos que oferece à aviação comercial, o Sivam é completamente ineficiente para fins de defesa aérea. Os radares não são capazes de acompanhar a rota de aeronaves que trafegam abaixo de 3.000 metros. Nessa altitude, os aviões só são detectados se voarem sobre os radares. Isso ocorre porque a área de cobertura dos radares têm amplitude restrita (veja o quadro). Como monomotores e bimotores, os aviões preferidos por traficantes e contrabandistas, geralmente voam em baixa altitude, o sistema não consegue flagrar o trânsito de mercadorias ilícitas na Amazônia. O major-brigadeiro Álvaro Pinheiro da Costa, vice-diretor do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), reconhece o problema: "Com a ajuda de um GPS, pilotos de aeronaves ilegais conseguem voar em altitudes que tornam impossível detectá-los". O Comando da Aeronáutica chegou a armar um esquadrão de aviões supertucanos com mísseis para interceptar e, eventualmente, derrubar os aviões dos invasores. Mas, como o sistema é incapaz de identificá-los, o esquadrão nunca interceptou nenhuma aeronave. Por falta de uso, a maior parte dos supertucanos acabou sendo transferida da Amazônia para Goiás.
A Aeronáutica calcula que, para cobrir todo o espaço aéreo da Amazônia, seria necessário instalar mais 625 radares, além dos 25 que já estão em operação. Como isso é muito caro, os militares apelaram para uma gambiarra: deslocaram os radares existentes para cidades nas quais se vende combustível de aviação. Com essa medida, conseguem rastrear pequenos aviões que fazem rotas legais. Isso não coíbe, porém, o tráfego de aeronaves de criminosos, que se abastecem em bases clandestinas. Além de operar com radares quebrados e incapazes de flagrar invasores, o Sivam sofre com o abandono. Em Tabatinga, cidade amazonense que faz fronteira com a Colômbia e é uma das principais portas de entrada de cocaína no Brasil, foi erguida uma base do sistema para ajudar no patrulhamento da região. Ela deveria receber informações dos radares e repassá-las à Polícia Federal. O governo construiu um prédio, comprou equipamentos eletrônicos, mas alguém se esqueceu de instalar a antena para receber o sinal de satélite. Resultado: a base foi abandonada.

Os terminais de comunicação instalados em pontos remotos da floresta, como aldeias indígenas, comunidades isoladas e postos de fronteira, tiveram a mesma sorte. Os Vsats, compostos de telefone e computador com conexão à internet via satélite, deveriam servir de canal de comunicação para que índios, ribeirinhos e policiais que trabalham no interior informassem problemas como crimes ambientais e tráfico de drogas. Dos 665 aparelhos instalados, pelo menos 400 estão fora de operação. Esquecido, mal administrado e cheio de defeitos, o Sivam está prestes a entrar no folclore. Já caminha a passos largos para se tornar o curupira do século XXI: muitos ouviram falar, uns dizem que já viram, mas ninguém põe a mão no fogo pela sua existência."

E o governo não aprende

Para associação de pilotos, governo não aprendeu com erros
Márcia Bizzotto - BBC

O presidente da Associação Européia de Cockpit (ECA, na sigla em inglês), uma entidade que reúne pilotos do continente, disse nesta quarta-feira que o governo brasileiro deveria ter aprendido com a queda do avião da Gol, no ano passado, e adotado medidas para evitar o acidente com o Airbus da TAM em São Paulo.
"O governo brasileiro deveria ter aprendido sua lição com o acidente da Gol e tomado as medidas adequadas para que um desastre assim não voltasse a acontecer", afirmou Martin Chalk, em entrevista à BBC Brasil.
Segundo ele, a instituição - que representa 36 mil pilotos e engenheiros de vôo de 32 países europeus - está preocupada com a situação aérea no Brasil desde o acidente com o vôo 1907 da Gol em setembro de 2006.
"Naquela trágica ocasião, o governo se apressou em encontrar culpados em vez de realizar uma investigação profunda para encontrar as causas do acidente e corrigir efetivamente o problema seguindo os padrões estabelecidos pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês)", afirmou.

"Ninguém está se preocupando com vidas, só com política e dinheiro"
(Sônia Vieira, tia de Michele que morreu no acidente da TAM)



Bombeiros resgatam corpos das vítimas (Foto:Agência LUZ/Abr)




PEDAÇO DE MIM
(Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

Tragédia anunciada

A falta de aderência da pista do aeroporto de Congonhas sempre preocupou os pilotos, principalmente em dias de chuva.
O piloto Ivan Sant'Anna, autor do livro Caixa Preta, disse que os pilotos alertaram inúmeras vezes que é arriscado demais pousar naquela pista em dias de chuva. "Os pneus surfam na água da pista, não há atrito", disse Sant'Anna.
Falando sobre a reforma de R$ 20 milhões feita recentemente nas pistas principal e auxiliar, Sant'Anna foi curto e grosso: "Essa reforma não adiantou nada".

Foto: Agência Estado


Equipe de resgate com vítimas do acidente com o avião do vôo JJ 3054 da TAM
Foto: Milton Mansilha/Agência LUZ/ABr

Os mortos

A TAM divulgou agora a lista dos passageiros do vôo 3054
Confira:
ADELAIDE MOURA
AKIO IWASAKI
ALANIS ANDRADE
ALEJANDRO CAMOZZI
ALEXANDRE GOES
ANA CAROLINA CUNHA
ANDERSON CASSEL
ANDRE DONA
ANDREA SEICZKOWSKI
ANDREI MELO
ANGELA HAENSEL
ANTONIO CARLOS ARAUJO DE SOUZA
ARNALDO BATISTA RAMOS
ARTHUR QUEIROZ
ATILIO SASSA BILIBIO
BRUNA DE VILLI CHACCUR
BRUNO FERRAZ
BRUNO NASCIMENTO
CAIO AUGUSTO BUENO DAL PRATA
CAIO FELIPE CUNHA
CARLA FIORATTI
CARLOS ALBERTO ANDRIOTTI
CARLOS ROCKEMBACK
CARLOS ZANOTTO
CARMEN LUISA VICTORIA FONSECA
CASSIO VIEIRA SERVULO DA CUNHA
CATILENE OLIVEIRA
CHRISTINE SOUZA
CIRO NUMADA
CLAUDEMIR ARRIERO
CLOVE MENDONÇA JUNIOR
DECIO TEVOLA
DEMETRIO TRAVESSA
DENILSON LOPES COSTA
DEOLINDA MAGALY VICTOR FONSECA
DOUGLAS TEIXEIRA
EDMUNDO SMITH
EDUARDO MANCIA
ELCITA RAMOS
ELENILZE FERRAZ
ELIANE DORNELLES
ELIDA DEMBINSKI
EMERSON FREITAG
ENRICO SHIOHARA
ESIO FREITAS
FABIANA AMARAL
FABIANE RUZANTE
FABIANO ROSITO MATOS
FABIO BALSELLS
FABIO MARQUES
FABIO VELLOZA
FATIMA SANTIAGO
FELIPE FRATEZI
FERNANDO ANTONIO LARO OLIVEIRA
FERNANDO MARQUES
FERNANDO PESSOA
GABRIEL CORREIA PEDROSA
GILMAR TENORIO ROCHA
GOTTFRIED TAGLOEHNER
GUILHERME MORAES
GUILHERME PEREIRA
GUSTAVO MARTINS
HELOIZA HELENA LOPES
HEURICO TOMITA
INES MARIA KLEINOWSKI
IVALINO BONATO
IVANALDO CUNHA
JAMILLE LEAO
JANUS SILVA
JANUS SILVA
JAQUELINE DIAS
JOAO BRITO
JOAO CALTABIANO
JOAO VALMIR
JOSE A FLORES AMARAL
JOSE CARLOS DE OLIVEIRA
JOSE CARLOS PIERUCETTI
JOSÉ LIMA LUZ
JOSÉ PINTO
JULIA CAMARGO
JULIA ELIZABETE GOMES
JULIO CESAR REDECKER
KATIA ESCOBAR
KATIANE LIMA
LARISSA FERRAZ
LEILA MARIA OLIVEIRA DOS SANTOS
LEVI LEÃO
LINA BARBOSA CASSOL
LISIANE SCHUBERT
LUCAS PALOMINO MATTEDI
LUCIANA SIQUEIRA LANA ANGELIS
LUIS SCHNEIDER
LUIZ BARUFFALDI
LUIZ LUZ
LUIZ ZACCHINI
MARCELO MARTHE
MARCELO PALMIERI
MARCELO PEDREIRA
MARCELO STELZER
MARCIO ALEXANDRE DE MORAES
MARCIO ANDRADE
MARCO ANTONIO DA SILVA
MARIA ELIZABETE CABALLERO
MARIA ISABEL GOMES
MARIANA PEREIRA
MARIANA SELL
MARIO GOMES
MARLI PEDRO SANTOS
MARTA ALMEIDA
MELISSA ANDRADE
MERY VIEIRA
MIRTES SUDA
NADIA MOYSES
NADJA SOCZECK
NELLY PRIEBE
NELSON WIEBBELLING
PAULA MASSERAN DE ARRUDA XAVIER
PAULO CASSIANO FELIZA OLIVEIRA
PAULO PAVI
PAULO ROGERIO AMORETTY SOUZA
PAULO SILVEIRA
PEDRO ABREU
PEDRO AUGUSTO CALTABIANO
PRISCILA BERTOLDI SILVA
RAFAELA BUENO DAL PRATA
RAQUEL WARMILING
REBECA HADDAD
REMY MOLLER
RENAN KLUG RIBEIRO
RENATO RIBEIRO
RENATO SOARES
RICARDO ALMEIDA
RICHARD SALLES CANFIELD
ROBERTO GAVIOLI
ROBERTO WILSON WEISS JUNIOR
RODRIGO BENACHIO
RODRIGO PRADO
RODRIGO SOUZA MOREALE
ROGERIO LAURENTIS
ROGERIO SATO
ROSANGELA MARIA DE AVIL SEVERO
ROSPIERRE VILHENA
RUBEM WIETHAEUPER
SANDRO SCHUBERT
SERGIO FREITAS
SILVAN STUMPF
SILVANIA REGINA DE AVILA ALVES
SILVANO ALMEIDA
SILVIA GRUNEWALD
SIMONE WETRUPP
SONIA MACHADO
SORAYA CHARARA
SUELI FLECK
SUELY FONSECA
THAIS SCOTT
VALDEMARINA SOUZA
VALDIR CORDEIRO DE MORAES
VANDA UEDA
VILMA KLUG
VITACIR PALUDO
ZENILDA SANTOS

terça-feira, 17 de julho de 2007

Quanta idiotice!

A petezada - depois que se aliou a Sarney, Jader, Renan e outros da mesma laia - quer censurar até vaia.
Durante a conferência sobre políticas para mulheres, realizada no fim de semana no Paraná, a pré-candidata do PT à prefeitura de Curitiba, Maria Helena Guareze, conseguiu aprovar "moção de repúdio" à platéia que vaiou Lula".

Carta aberta de Capiberibe para Renan

Caro Renan,
Não se aborreça e nem me leve a mal, mas bateu uma vontade incontida de falar um pouco da vida cotidiana do Brasil da planície, que já o aguarda com certa ansiedade.
Continuo tocando com entusiasmo minha militância política. Agora, sem as atribuições inerentes ao mandato de senador, que você ajudou a retirar de mim com bastante empenho.
Tendo em vista a situação inusitada da instituição que você preside e levando em conta os acontecimentos nos quais você figura com destaque e excepcional desenvoltura, me pergunto se não seria o caso de agradecer o mal que você me causou.
Talvez você, em função da estressante e diversificada responsabilidade política, empresarial e familiar, tenha apagado da memória qualquer registro a meu respeito.
Portanto, permita, em poucas palavras, dizer em que momentos nossos caminhos se cruzaram.
Sou aquele senador que, antes de completar o 3º ano de mandato, foi expurgado do Senado sem direito a defesa e substituído, com pompa e circunstância, por um senador do PMDB, o seu partido. Lembra-se deste episódio?
Pelo sim pelo não, melhor garimpar os labirintos da memória.
O PMDB, vinte dias após as eleições de 2002, impetrou recurso junto ao TRE pedindo a cassação do meu mandato e de minha companheira Janete, pela compra de dois votos por R$ 26,00 cada, pagos em duas suaves prestações. Acusação sustentada por duas testemunhas, que até hoje sobrevivem por conta deste processo. O feito não prosperou e fomos declarados inocentes.
Mas o PMDB recorreu ao TSE. Entrou com um recurso dito “especial” que foi cair nas mãos do então ministro Carlos Veloso.
Este senhor, como juiz relator, agindo mais como advogado de acusação e menos como juiz, convenceu seus pares de que eu e minha companheira Janete éramos culpados, reformando a sentença do TRE do Amapá, provendo, por inteiro, o recurso proposto pelo candidato derrotado Gilvam Borges.
Por último, relembro um momento raro na história da Casa que você ainda preside e à qual um dia pertenci.
Refiro-me a sessão do dia 25 de outubro de 2005. Naquele dia, você avocou para si os poderes da Mesa, do Regimento Interno, da Constituição Federal e do Plenário, fazendo ouvido de mercador aos apelos de cinqüenta e dois senadores e senadoras que se revezaram na tribuna clamando para que eu tivesse respeitado o direito constitucional de defesa, garantido até mesmo aos que cometem crimes hediondos com requintes de crueldade.
Você manteve-se inflexível e cassou o meu mandato, para em seguida, em clima festivo e triunfante, dar posse ao seu então assessor de gabinete Gilvam Borges. Decisão revertida em menos de 24 horas pelo STF, que considerou sua decisão uma afronta à Constituição Federal e determinou minha reintegração. Você acatou a decisão, mas pressionou a Mesa Diretora a criar um rito sumário de cinco dias para a minha defesa, um prazo inexeqüível para uma mínima investigação.
Bem, agora, com tudo fresquinho em nossas memórias, vamos ao assunto que gostaria de compartilhar com você.
Não resta dúvida, que se trata de um sentimento que poucos ousam confessar, entretanto, como sou franco, admito que sinto uma ponta de inveja ao comparar sua situação de desassossego, com a que tive de enfrentar.
Não pretendo descer no varejo dos sentimentos, falemos do que é fundamental para esclarecer as acusações que lhe atingem para comparar com as que me atingiram.
A diferença é que você ganhou o direito de ser investigado pelo Conselho de Ética, pela Polícia Federal e, sobretudo, pela imprensa. É sobre esses aspectos que não posso esconder que realmente invejo a sua situação, pois tudo que queria era ser investigado.
No entanto não me foi dado esse direito. O Ministério Público Eleitoral não investigou por que, segundo ele, não havia crime, o TRE, por isso, declarou nossa inocência e a imprensa não procurou contar o nosso rebanho, para saber se teríamos bois suficientes para pagar os dois votos, que supostamente eu e minha companheira compramos para nos eleger.
No nosso caso, bastou a acusação do candidato derrotado do PMDB para nos cassarem os mandatos. É por isso que o considero um homem de muita sorte, pois dispõe em abundância de tudo aquilo que você me negou: os meios necessários para provar minha inocência.
Para finalizar, me surpreendo pensando em voz alta - se diante daqueles absurdos, cometidos por você, contra mim, tivesse o Senado agido como determina o exercício do poder republicano, certamente não chegaríamos à situação caótica do presente.
Atenciosamente,
João Capiberibe*
*ex-preso político e exilado, ex-prefeito de Macapá, ex-governador do Amapá 1995-2002, ex-senador da República, 3º vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro.

Deputado Edinho canta embaixo do chuveiro

"Quer saber?
Já foi.
Vou cuidar de mim.
Quer saber?
quero alguém pra dividir
gostar de quem gosta de mim"

Ele vai mesmo

Dizendo que é possível conviver com as divergências, mas impossível com a falta de respeito, o deputado estadual Edinho Duarte troca mesmo o PMDB pelo PPS, partido pelo qual será candidato a prefeito de Macapá. E já avisou: se for eleito vai apoiar o tucano Jorge Amanajás para o governo do Amapá em 2010.
A festa de filiação – com muito foguetório e shows de artistas locais – está marcada para o dia 23 de agosto.
No PMDB tem gente lamentando a saída de Edinho.

Vaia social

Da coluna do Cláudio Humberto, hoje:
"Lula deve estar pensando num novo programa federal para evitar vaias: o Bolsa-estádio."

Quem?

Que político merece ganhar de presente uma poltrona em forma de vaso sanitário?

"Fôssemos infinitos tudo mudaria.
Como somos finitos muito permanece"
(Brecht)

domingo, 15 de julho de 2007

Domingo de céu azulzinho em Macapá

Poetas do Amapá

Domingo tem que ter beleza, lirismo, poesia.

CIDADE GRANDE
Alcy Araújo Cavalcante
Sei
: o anjo lírico
que guarda minha ternura
ouve o silêncio
que nasce na rosa.
Sei mais
: o poeta louco
das ruas do meu mundo
fala a gramática do jardim.
Mais ainda
: o meu doido lúcido
inchado de onírica lucidez
tem orquídeas nos seus galhos.
E também
: a namorada morena
que aquece os meus lençóis
absorve a essência das flores.
Na cidade grande
distante dos meus longes
carente dos meus verdes
entro no mercado de concreto
e compro rosas.

MEUS OLHOS FALAM TÃO POUCO
Paulo Tarso Barros
Às vezes,
por corpo eu tenho o Universo
e o meu coração
torna-se uma estrela.
Por isso
não decifro as sombras
ocultas pelas coisas;
Por isso sou triste
e os meus olhos falam tão pouco
a linguagem do silêncio.

EMERSÃO
Fernando Canto
Só se aprende o mundo
se se sai do fundo.
Só se sai do fundo
se se aprende o mundo.
Entre o ar e a água
entre o nado e o vôo
não prefiro a terra
não me quero chão.
Me quero fluido
no limbo, no vão.

VIDA
Paulo Ronaldo Almeida
O repórter policial
reza para Deus
e pede um bom dia.
Para ele, bom dia,
significa desgraça, morte
e dor no submundo da cidade.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A sétima maravilha do mundo

De um leitor do blog, na caixa de comentários:

- Sr. Delegado, vim aqui para autorizar a prisão da jornalista X e mandá-la direto para o IAPEN.
- Excelência, qual é a acusação?
- Ela, hum, digamos que ela falou mal do meu bigode...
- Como, excelência?
- Ela ofendeu-me e ao meu bigode...
- Excelência, com todo o respeito, mas seus bigodes realmente... Bom, deixa pra lá. Mas, só posso prendê-la se houver um motivo justo.
- Dr. Delegado, vou relevar suas ofensas ao meu bigode. Dirigir-me-ei ao seu superior e procurarei meus direitos na Justiça!
- Excelência, mil perdões. Bom, só a prenderei se houver uma autorização judicial para tanto.
- Tudo bem. Me aguarde. Passar bem.
...
- Sr. Juiz, vim aqui para...
- Já sei, quer que prenda alguém que falou mal do seu bigode... O delegado Y me telefonou.
- Isso mesmo, Sr. Juiz, isso mesmo...
- Excelência, terá seu mandado de prisão, mas seu bigode...
- Humpf!
...
Ao assessor:
- Raimundo, o que está errado com meu bigode?
- Excelência, seu bigode é a sétima maravilha do mundo.
- Era tudo o que queria ouvir...

A jornalista X responde até hoje por N processos por causa da tal 7ª maravilha do mundo...

Política, com seu dinheiro

Do jornal O Globo:
Política, com seu dinheiro
Carlos Alberto Sardenberg


A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA, uma estatal pertencente ao governo estadual, distribuidora de energia no estado) está na seguinte situação: - deve R$338 milhões à Eletronorte, estatal federal da qual compra a energia; essa dívida equivale a 4,3 anos de fornecimento;
- deve R$230 milhões em tributos e contribuições sociais;
- as dívidas são superiores ao montante de bens;
- seus consumidores lhe devem R$128 milhões, sendo que 67% dessa conta é inadimplência de prefeituras, órgãos estaduais e federais, que não são cobrados; - no caso dos consumidores que pagam, há crime de apropriação, pois a CEA recebe e não repassa à Eletronorte.
Em resumo, a CEA é ineficiente, improdutiva e está quebrada - e não é de hoje.
Como conseguiu continuar funcionando tanto tempo assim? Como é que a Eletronorte não cortou o fornecimento ou tomou alguma providência?
A resposta tem um nome: o senador José Sarney, maranhense eleito pelo Amapá, e que manda, faz tempo, num bom pedaço da sistema elétrico brasileiro. Ele nomeou o ministro de Minas e Energia e há muitos anos é, por assim dizer, o "dono" da Eletronorte, estatal que controla também via nomeações.
E o que diz a Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, que regula o setor?
Depois de diversas auditorias e depois de ter dado, em 2005, um prazo de 180 dias para que a CEA implementasse um plano de recuperação, fracassado, a diretoria da Aneel, por unanimidade, decidiu propor a "caducidade da concessão". Motivo: a concessionária simplesmente não cumpre suas obrigações legais. Tomado esse caminho, a CEA perde o direito de distribuir energia e a concessão é novamente licitada, sendo que a companhia do Amapá não poderá participar. A Aneel deve formalizar em breve sua proposta ao Ministério de Minas, poder concedente, e que, pois, pode cassar a concessão.
Qual a chance de isso acontecer?
Perto de zero.
Ao saber da posição da diretoria da Aneel, Sarney e o governador do Amapá, Waldez Góes, foram ao encontro do presidente Lula. Saíram de lá animados.
Em notícias e artigos logo enviados para o "Diário do Amapá", Sarney disse ter a garantia de Lula de que a CEA não será privatizada, nem perderá a concessão. Disse que Lula "mandou" o ministro de Minas e Energia formar uma comissão paritária, com representantes do ministério e da CEA (portanto, a Aneel de fora), para solucionar os problemas "politicamente". Nada de tratar o assunto como "questão apenas contábil" ou com uma "concepção monetarista". Tudo será resolvido com base na "função social da estatal", que não pode se preocupar apenas com o lucro. (E nem com o prejuízo, acrescentamos nós.)
Portanto, caro ou cara contribuinte que efetivamente paga seus tributos, prepare seu bolso. É você que vai pagar essa conta. É simples assim. Toda vez que ouvir falar em solução política, pode sacar a carteira.
Essa argumentação - segundo a qual o social prevalece sobre o econômico - é, na verdade, um expediente para passar a conta para o contribuinte do lado. A energia pode ser, como diz Sarney, "condição fundamental para vida civilizada", não devendo ser considerada "apenas uma commodity".
Ok, mas sendo isso, sai de graça?
Sendo óbvio que não, a verdadeira questão é outra: quem vai pagar a conta? No caso, Sarney e seu pessoal querem empurrar a conta para o governo federal, a viúva, que vive do dinheiro dos contribuintes. Mais claro ainda: o consumidor de energia elétrica do Amapá manda a conta para o contribuinte nacional.
Isso exige outra argumentação social: o Amapá é pobre, precisa do apoio do resto da nação. Ocorre que outros estados também são pobres e, ademais, há pobres nos estados ricos. A pretexto de atender todos esses clientes do Estado, aumentam-se o gasto público e, claro, os impostos.
No final dessa história, temos uma carga tributária que tira a competitividade das empresas formais - aquelas desgraçadas monetaristas, que vivem para o lucro e assim conseguem pagar a conta, a dela e a dos outros. De quebra, temos um conjunto de estatais a serviço dos políticos - de determinados políticos.
Eis por que uma economia estável e equilibrada depende de marcos regulatórios firmes e, em seguida, de agências independentes capazes de implementar as regras. Desde seu início, o governo Lula manifestou seu desagrado com esse sistema. A tese era de que o governo eleito perdia poder político.
E política, no caso, é isso que Sarney arrancou de Lula.

Carlos Alberto Sardenberg é jornalista.
E-mail: sardenberg@cbn.com.br
.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Corpo de Amaury é velado na Câmara

O corpo do ex-prefeito Amaury Guimarães Farias já está sendo velado na Câmara de Vereadores de Macapá.
O enterro será amanhã, às 10 horas.

Um poema de Amaury

Ah! Se eu pudesse...
Amaury Guimarães Farias

Se eu pudesse contar
eu contaria,
as coisas que o mundo
não contou,
porque no mundo conturbado
não se pode realizar
o que sonhou.
Se eu pudesse dizer
eu te diria,
da vida que sonhei
e não vivi
porque os anos se passaram
destruindo as coisas
que a custo construí.
Mas não desespero assim
tão simplesmente
da vida que foi dada
docilmente
por Deus, Divino e Onipotente,
porque se a vida é ruim
sem ter história,
pior é morrer
sem ter a glória
de viver a vida
sem viver.

Mais sobre o Amaury

Terêncio Porto foi um governador do então Território do Amapá que mais perseguia jornalistas.
O senador José Sarney, por exemplo, adora processar jornalistas. Terêncio, como era governador, mandava logo prender.
Certa vez mandou prender até meu pai Alcy Araújo Cavalcante e quase que apanha de bolsa da minha mãe. Com medo da bolsada de minha mãe, Terêncio desistiu de prender meu pai.
Bom, mas voltando ao Amaury.
Aborrecido com uma notícia sobre o secretário-geral publicada na Folha do Povo, Terêncio entrou feito um furacão no gabinete do chefe de polícia
- Charone a minha vinda aqui é para autorizar a prisão do Amaury Farias e mandá-lo direto para uma das celas da Fortaleza.
- Governador, uma prisão só pode ser realizada se houver uma motivo justo. Se não for assim, o Amaury entra na Justiça e perderemos a ação lá, disse Charone.
- Mas há um motivo justo, Charone. Saiu uma notícia na Folha do Povo contra o secretário-geral e a esposa dele está em prantos suplicando a punição do responsável.
- Mas, governador, esse não é um motivo justo. E outra coisa: agora a esposa do secretário está chorando mas se a gente prender o Amaury quem vai chorar é a professora Deusolina (esposa do Amaury). Não vou prender.
Charone foi exonerado. Seu substituto também não acatou a ordem do governador.

Deusolina Sales Farias, primeira esposa de Amaury, foi professora, fundadora da Associação dos Professores do Amapá (APA) e sua primeira presidente, foi também a primeira mulher eleita para a Câmara de Vereadores de Macapá.

Amaury e o baraticídio

Certa vez preso na Fortaleza de São José de Macapá, onde eram trancafiados os supostos comunistas, Amaury dividia a cela com centenas de baratas. Precisava fazer alguma coisa para matar o tempo então decidiu cometer um baraticídio.
- Pensei que as baratas iriam aumentar de número quando escurecesse, iriam andar pelo corpo e isto me deixaria profundamente irritado", contou.
Então resolveu declarar guerra contra as baratas. Tirou os sapatos e com eles conseguiu a proeza de matar 176 "guerreiros baratinos".
- Depois dessa luta ferrenha comecei a procurar um cantinho para deitar, tendo as pedras frias e irregulares do piso como leito e meus sapatos calçariam meus pensamentos", contava.

Amaury Farias e a célula comunista

Amaury Farias era um dos donos e redator-chefe do combativo jornal Folha do Povo, nos anos 60.
Na primeira segunda-feira após o golpe de 1964, ao chegar a redação do jornal Amaury deu de cara com o delegado de polícia José Alves, que foi logo informando:
- Estou aqui por ordem do governador para fazer intervenção no jornal e na empresa porque aqui funciona uma célula comunista.
Ao que Amaury disse:
- Senhor delegado, aqui funciona única e exclusivamente a Folha do Povo, órgão que faz oposição aberta ao sistema dinástico dos Nunes (governador do Amapá Janary Nunes) e seus asseclas e se ser contra esse sistema é ser comunista...
A Polícia não encontrou nada que provasse que ali era um aparelho comunista, mesmo assim levou Amaury preso.

Sem palavras

A notícia da morte de Amaury Guimarães Farias, nesta manhã ensolarada de julho, tirou o brilho do meu dia.
O sol bochechudo começou a se esconder por trás das nuvens. Ficou quieto como em respeito a nossa dor.
Que dizer neste momento para a minha amiga de infância Deury Farias? Que falar para meus amigos, também de infância, Eury e Leury?
Gostaria de fazer um carinho, dizer uma palavra, fazer qualquer coisa que pudesse minimizar a dor destes meus amigos. Mas há notícias que acorretam qualquer gesto, que deixam as palavras presas no coração.
Melhor não falar nada, apenas fazer uma prece pedindo a Deus que acolha, com muita ternura, o Amaury na redação do céu onde já estão seus amigos Alcy Araújo Cavalcante, Álvaro da Cunha, Arthur Marinho, Ezequias Assis, entre outros com os quais Amaury trabalhou nas revistas Rumo e Latitude Zero.

Papagaio faz mais uma vítima

Sandro Barbosa, 20 anos, morreu eletrocutado ontem ao tentar retirar com uma vara de ferro seu papagaio (pipa) que estava preso na rede elétrica.
A brincadeira de empinar papagaios (soltar pipas) - que deixa colorido o céu de Macapá nas férias de julho e enluta famílias - já fez quatro vítimas este mês. Três pessoas foram assassinadas em brigas por perderem o papagaio.

Se escondeu no Palácio e foi preso

Um homem tentou matar a cunhada hoje pela manhã no centro da cidade. Quando a polícia chegou ele correu e escolheu o lugar errado para se esconder: o Palácio do Governo. Foi preso lá mesmo.
Abandonado pela mulher, José Nazareno dos Santos não aceita a separação de jeito nenhum e culpa a cunhada Raimunda Bastos por isso.
Hoje de manhã ao ver a cunhada num dos cruzamentos mais movimentados de Macapá não pensou duas vezes: sacou uma peixeira e partiu pra cima dela.
Foi contido por populares que acionaram a polícia.
Neste momento, o marido apaixonado e abandonado está prestando depoimento numa delegacia de polícia.

Notícia triste

Amaury Guimarães Farias morreu na manhã de hoje em sua residência, aos 80 anos.
Escritor, jornalista, funcionário público aposentado, Amaury Farias foi prefeito de Macapá. É pai do vereador Leury Farias e do vice-prefeito Eury Farias.
Seu corpo será velado na Câmara de Vereadores.

O tempero da pizza

Blogueira e jornalista, Alcilene Cavalcante disse, aí na caixinha de comentários, que adicionaria como tempero especial
sangue na pizza dos sanguessugas
sangue de vaca na pizza do Renan
óleo de peroba na pizza do governador Waldez Góes
óleo de peroba e cachaça na pizza do prefeito João Henrique

Ser amapaense é...

Contribuição de Leila, leitora do blog:
* Escutar entrevista do governante que viaja na maionese, prometendo o impossível, e o entrevistador babando achando que todo mundo tá acreditando.
* Ver uma cidade cheia de cercas, com obras inacabadas p/ trás e saber que ali teve um derrame de recursos que são desviados e a nossa cidade horrorosa como sempre.
* Pensar que estamos na LUA, mas verdade estamos caminhando nas ruas da nossa cidade.
* Aguentar a porralouquisse de Macapá ser tema da Escola Beija-Flor......


Contribuição de Bell:
* Ficar revezando entre Bronca Pesada e Macapá Urgente (programas policiais apresentados por Belair Junior, na TV Tucuju, e Renivaldo Costa, na TV Bandeirantes, respectivamente)

Esse Renan...

"Não vão me tirar do Senado fazendo cara feia"
(Renan Calheiros)

Apaixonado por teta

Da coluna do Cláudio Humberto, hoje:
"Sem intermediários
O senador José Sarney, que há anos escolhe os dirigentes da Eletronorte, foi direto ao assunto: indicou o filho Fernando Sarney para presidir a estatal."

terça-feira, 10 de julho de 2007

Dia da pizza

Hoje é o Dia da Pizza

Responda rápido... se souber:

1 - A pizza é o prato preferido
a) das crianças
b) dos adolescentes
c) da petezada
d) dos senadores
e) dos deputados
f) sei lá... não gosto de pizza nem de políticos
2 - Que tempero especial você adicionaria numa pizza oferecida
a) a um mensaleiro
b) a um sanguessuga
c) ao Renan Calheiros
d) ao Joaquim Roriz
e) ao Delúbio Soares
f) ao Sarney
g) ao Zuleido Veras
h) ao presidente Lula
i) ao governador do Amapá Waldez Góes (PDT)
j) ao prefeito de Macapá João Henrique (PT)
k) sei lá ... não entendo de culinária nem de política ... Pode temperar com veneno pra ratazana?

Carta de Diana diz que Charles planejava sua morte

www.terra.com.br
Uma carta escrita pela princesa Diana será apresentada como nova prova na investigação sobre sua morte, ocorrida em 31 de agosto de 1997. De acordo com o jornal Daily Express, Lady Di afirma no documento que seu então marido, o príncipe Charles, queria matá-la em um "acidente de carro". Seu objetivo seria poder casar com sua amante Camilla.
"Esta fase da minha vida é muito perigosa. Meu marido está planejando um acidente de carro com o meu automóvel, uma avaria no freio e uma ferida mortal na testa, abrindo caminho para que ele possa casar-se novamente", diz o texto de 10 páginas escrito 10 meses antes da tragédia.
A carta, escrita à mão, foi inicialmente apresentada como um documento de apenas uma folha. Páginas extras da carta, que nunca haviam sido divulgadas, foram encontradas por advogados envolvidos na ivenstigação do acidente de carro que levou à morte de Diana.
Uma audiência preliminar, realizada em Londres, mostrou divergências, entre os investigadores da Scotland Yard, sobre o número de páginas que a carta teria.
A versão integral da carta da princesa será usada durante o julgamento do inquérito, que iniciará em 2 de outubro, em Londres. Entretanto, não foi esclarecido se o júri poderá ver o documento integralmente.
Duas investigações grandes realizadas pelas polícias britânica e francesa concluíram que a colisão fatal aconteceu porque o motorista do carro onde estava Diana, Henri Paul, que também morreu, estava embriagado e sob a influência de medicamentos antidepressivos. A limusine Mercedes estava fugindo de paparazzi que seguiram a princesa e o seu namorado Dodi al-Fayed na saída do Hotel Ritz.
O pai de Dodi, o empresário Mohamed al-Fayed, sustenta a teoria de que Diana, mãe dos príncipes William e Harry, estava grávida e que o casal foi vítima de uma conspiração do "establishment" e dos serviços secretos britânicos comandada pelo próprio marido da rainha Elizabeth II.

Tempo perdido

Havia um tempo de cadeiras na calçada.
Era um tempo em que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças
brincavam sob a clarabóia da lua. E o cachorro da casa era um grande personagem. E também o relógio de parede! Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo.
(Mario Quintana)

ABI apóia projeto Transparência

O ex-senador João Capiberibe (PSB-AP) e a deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) estiveram ontem à tarde na ABI apresentando ao presidente Maurício Azêdo o Projeto Transparência, que obriga os gestores de orçamentos públicos a disponibilizar na internet as informações detalhadas e atualizadas das despesas e receitas dos órgãos, nas esferas federais, estaduais ou municipais.
O presidente da ABI assinou manifesto de entidades da sociedade civil pedindo urgência na aprovação do Projeto Transparência e apresentará sua defesa da proposta ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.
O Projeto de Lei Complementar 217/04 prevê que Prefeituras, Câmara de Vereadores, Governos Estaduais, Assembléias Legislativas, Governo Federal, Câmara dos Deputados, Senado, Judiciário publiquem suas contas na Internet.
O projeto foi implantado no Amapá em 2001 quando Capiberibe governava o Estado. Durante seu governo toda a movimentação orçamentária e financeira era publicada na Internet. “As informações eram disponibilizadas em tempo real e qualquer cidadão podia consultar os saldos das contas bancárias do governo e conhecer os preços pagos por serviços, obras e bens de consumo adquiridos pelos diversos órgãos governamentais”, conta Capiberibe.
Para ele, que já foi governador e prefeito, “a transparência nas contas públicas é um poderoso instrumento de controle social republicano, que reduz as práticas criminosas na aplicação do dinheiro do contribuinte”.

Você é mala?

No blog Repiquete tem um teste legal.
Vá lá e descubra se você é ou não uma mala sem alça.

Ser amapaense é...

1 - Se assustar com sirenes de ambulância e polícia, e correr pra ver quem morreu!
2. Fazer aquela montoeira de gente só para ver um acidente grave ou um leve esbarrão.
3. Ter a chance de ver rachas e arrancadas de uma arquibancada com os amigos!
4. Ter cachoeiras maravilhosas, rios límpidos, pirarucu, camarão e tucunaré à vontade e ainda ir para o nordeste tomar banho na água salgada e comer um camarão mole, sem graça!
5. Tomar leite de gado, búfalo e cabra e não sentir a menor diferença.
6. Provar o queijo do Amapá com café preto e farinha torrada e nem se interessar pelo de Minas!
7. Ser funcionário público e saber que no final do mês será horrível entrar no banco e fazer compras com o centro comercial lotado!
8. Não ter McDonald´s, mas achar o máximo lotar a pizzaria no final de semana!
9. Ter um shopping pequeno, mas tomar um choppinho ou um refri com os amigos curtindo MPB!
10. Sempre ver as mesmas pessoas e poder falar da vida delas!
11. Tomar açaí no almoço e dormir a tarde inteira!
12. Ter a maior reserva florestal do Brasil intocável e ainda fazer bronca por causa de uma castanheira no meio da estrada!
13.Se orgulhar da medalha que ganhamos no Pan e saber que foi conquistada por um amapaense!
14. Usufruir do maior rio do mundo!
15. Surfar na pororoca!
16. Não manjar da cara dos artistas e lotar os ambientes quando eles nos visitam!!!
17. Ter poucos ambientes pra se divertir, mas saber que seus amigos estão lá!
18. Ver bobagens e fofocas nos telejornais locais e achar que é notícia!
19.Levar os filhos pra escola ouvindo "Luís Melo Entrevista" com aquela musiquinha de abertura do 'conte-me tudo, não esconda nada' e na hora do almoço ver na TV o Renivaldo Costa esculhambando com as mulheres na "frase do dia".
20. Ter paciência ao ver uma amapaense estacionar o carro.
21. Esperar o ônibus por uma hora pra chegar num lugar que você só vai ficar 15 minutos!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

No Senado...


Robson Sciola escreve aos senadores

Senhores(as) Senadores(as),
Quem lhes escreve não é um otário ou palhaço, embora muitas vezes assim venha a se sentir, mas um Eleitor e Contribuinte que conta com 52 anos de idade.
E escreve para externar aos senhores e senhoras, tanto a percepção pessoal com relação às duas Casas Legislativas, quanto à indignação e vergonha que sente diante da crescente onda de escândalos que envolvem representantes eleitos pelo povo para o Senado e a Câmara dos Deputados.
Claro que a percepção deste que lhes escreve pode estar equivocada e com isso, equivocadas também estarão a indignação e a vergonha. Se este for o caso, há a expectativa do autor de que os representantes do Poder Legislativo se manifestem nos esclarecimentos adequados.
Existe o entendimento de que os que compõem o corpo de Senadores(as), assim como na Câmara dos Deputados, deveriam estar representando os interesses do povo brasileiro como um todo na análise e elaboração de leis, de maneira a existir um equilíbrio de forças entre os Três Poderes constituídos. O resultado esperado deveria ser um Brasil melhor para todos e não para alguns.
O Poder Legislativo divide com o Executivo e com o Judiciário a responsabilidade de alcançar os objetivos propugnados na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988:
"Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."
Esses objetivos, senhores e senhoras, estão acima dos interesses individuais dos que ocupam cargo e função de presidentes, governadores ou prefeitos; ou de juízes; ou de senadores, deputados ou vereadores. Também estão acima dos interesses de partidos políticos ou de ideologias, bem como dos interesses defendidos pelos chamados lobistas.
Os interesses da Pátria, do povo, são maiores.
Entretanto, quando se assiste a transmissão aberta, tanto da TV Senado, como da TV Câmara dos Deputados, respeitado o rito de cada Casa, constata-se:
- Uma grande perda de tempo em loas ou vetos de menor importância a pessoas ou organizações, nacionais ou internacionais, que já são reconhecidas por suas ações pela comunidade a que pertencem; em nada, na prática, contribuem para a consecução dos objetivos do Art. 3º da CRFB. E o tempo do Poder Legislativo é importante e caro em demasia para que seja perdido levianamente em interesses outros que não aqueles constitucionais.
- Uma carga muito forte de sarcasmo, agressões verbais e visuais na defesa de "honra" individuais dos participantes do debate (ou embate?), em detrimento de se honrar o compromisso assumido perante os eleitores e contribuintes de se construir um Brasil melhor.
- Uma enorme proposição de projetos de leis descabidos, seja por ineficiência ou ineficácia, seja por inconstitucionais, seja por pleitearem interesses menores e não o interesse do Brasil ou da grande maioria da população. Aqui, no mundo real, muitas vezes se usa o termo "legislar em causa própria" para designar essas aberrações.
- Uma protelação em legislar ou de se rever legislação de importância para a Nação, motivada principalmente por negociação de interesses partidários e/ou até de políticos, onde normalmente são oferecidos cargos da administração pública ligados ao Poder Executivo. Qual o termo que se deve usar para isso sem que se fira a "honra"? Iniqüidade? Improbidade? Crime? Tráfico de influência? Algum tipo de prostituição? Não importa o termo que se ache adequado, com certeza não irá refletir atitude proba.
- Uma arrogância sem fim, não de todos, mas de muitos, pela posição ocupada; São palavras e palavrões, atos e danças, risos e gritos, discursos melodramáticos e megalômanos. E permeando a tudo isso, uma impunidade galopante reservada a semi-deuses de um Olimpo tupiniquim.
- Uma falsidade, senão ideológica, ao menos ética e moral, com opositores e situacionistas se misturando a depender da ocasião e do ganho político e onde os grandes perdedores são o País e o povo.
Senhores(as) Senadores(as), essa é uma imagem parcial que se tem do Poder Legislativo. É o exemplo passado por essas Casas para todo o Brasil e para o mundo. Aparentemente, um mau exemplo para eleitores e contribuintes.
O eleitor, também contribuinte, ao escolher através do pleito seus representantes, assina um voto de confiança. Além disso, através da alta carga tributária que o oprime, acaba por bancar os inúmeros subsídios alegadamente necessários para que sejam atingidos os objetivos do Art. 3º da CRFB.
Grosso modo e em tese, o Povo é o patrão e seus representantes os empregados com um contrato por tempo determinado. Na prática, o Povo se torna quase que um escravo, sujeito às ações de seus contratados, pois também a eles foi entregue a responsabilidade de demitir ou não seus pares. Raramente essa responsabilidade é exercida a contento, malgrado da população. E isso, senhores e senhoras, também é um exemplo que se transmite para a sociedade.
Virou lugar-comum se referir às Casas Legislativas com o epíteto de "pizzarias". Diga-se de passagem, não vem da imprensa essa denominação. Vem da boca do povo.
Será que a indignação e a vergonha, ora externados, são um grande equívoco daquele que lhes escreve?
Nos últimos anos, aparentemente, se tem dado muito trabalho para Conselhos de Ética das Casas do Poder Legislativo.
Recentemente, escrevi no meu blog pessoal o que segue:
“Quando não se tem nada a temer...
... é fácil, para um parlamentar que venha a sofrer uma representação por quebra de decoro, lidar com o Conselho de Ética, seja da Câmara dos Deputados ou do Senado.
Basta ao parlamentar sugerir, ou até mesmo indicar, os seus mais ferrenhos adversários para constituir o Conselho de Ética.
Uma vez o Conselho constituído, oferecer todas as informações solicitadas que tenham pertinência ao caso e responder a todos os questionamentos feitos sem subterfúgios ou uso de qualquer tipo de influência.
A integridade de um parlamentar não é medida por loas de aliados ou amigos, mas através do reconhecimento que os seus adversários façam de que nada existe que dê substância para a denúncia feita.
Claro que para tudo isso, é necessário que a premissa seja verdadeira: não se ter nada a temer.
O Velhinho pressupõe que os senhores e senhoras parlamentares nada têm a temer, que possuem moral ilibada e vida proba, pois não?
Então por qual razão, esses Conselhos de Ética muitas vezes são confusos ou nebulosos?
Com a palavra, os senhores e senhoras senadores(as) e deputados(as)...”
Mais do que respostas através de palavras, muitas vezes usadas de forma demagógica, são atitudes que falam mais alto.
A minha atitude, infelizmente, somente poderá ser manifestada através do voto nos próximos pleitos.
E a dos senhores(as) Senadores(as), qual será?
Robson Sciola