Tá no jornal O Liberal
Gado roubado do Pará abastece o Amapá
Simone Romero
A Polícia Civil do Pará começa a desmontar os esquemas de roubo de bubalinos na ilha de Marajó. Para os criadores de gado da região, as operações representam um alento. Em algumas fazendas, o roubo já levou 30% do rebanho. Os produtores amargam duas perdas: além dos animais, o preço baixo cobrado pelos receptadores de gado roubado na venda para os matadouros gera concorrência desleal com o produto legalizado. Para o governo, esse tipo de crime também tem conseqüências negativas porque gera perdas na arrecadação de ICMS.
O desmonte das quadrilhas teve início com uma operação realizada em fevereiro. Após denúncia de produtores de gado do Marajó a polícia chegou a um matadouro em Macapá e constatou que, entre os animais no pátio de abate, havia 31 reses e 15 bezerros que, após perícia, foram identificados como roubados de fazendas marajoaras.
O receptador do roubo alegou que agiu de boa-fé e afirmou que, apenas este ano, já havia comprado perto de duas mil cabeças de gado da mesma origem. Foi feito um boletim de ocorrência em Macapá, mas os produtores de búfalo lesados se queixam da lentidão do andamento do processo. Até o momento não foi instaurado inquérito e os donos dos animais também não estão conseguindo ter acesso aos laudos periciais que determinaram a origem ilegal do gado. (Leia mais)
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