quinta-feira, 31 de julho de 2008

Curso de medicina - a palavra do reitor da Unifap

O reitor da Universidade Federal do Amapá, José Carlos Tavares, não gostou nenhum pouquinho – e com razão – do artigo assinado pelo presidente do Conselho Regional de Medicina, Dardeg Aleixo, na última edição do boletim do Conselho. Para esclarecer os fatos, o reitor mandou uma carta ao editor do boletim pedindo direito de resposta.
E eu publico aqui no blog porque acho que o reitor José Carlos Tavares está coberto de razão e também porque, como milhares de amapaenses, defendo a implantação do curso de medicina no Amapá – único estado brasileiro que ainda não possui esse curso.
Eis o que escreveu o reitor:


“1. É dado a todo cidadão brasileiro o direito constitucional de criticar quaisquer situações ou atos praticados pelo poder público e, por isso, achamos relevante a preocupação do articulista em dizer que a sua motivação em combater a criação de novas faculdades de medicina no Brasil “não é causada por uma reserva de mercado, ao contrário, fundamenta-se na má qualidade do ensino ofertado por essas faculdades”. Ele diz ainda que “sabemos que por trás da abertura sem critérios das faculdades abertas (...) estão os mercadores do ensino e sua ligação com políticos inescrupulosos”, além de enfocar que o “ensino da medicina não pode ser comparado com o ensino de qualquer outra profissão”, além de dar uma porção de informações relacionadas ao ensino da medicina no Brasil.
2. O insigne articulista também diz que “defendemos uma faculdade de medicina para o Amapá, mas que seja de qualidade, não esse arremedo de faculdade que alguns, sem responsabilidade social, pretendem implantar açodadamente e, com isso, se beneficiar nas urnas eleitorais”. Fala, ainda, que o modelo de aprendizagem a ser implantado é obsoleto e barato e, arremata, que ”é uma irresponsabilidade a argumentação utilizada por aqueles que defendem a implantação da faculdade e depois melhoramos e resolvemos os problemas” (sic). Adiante o articulista prevê o que vai acontecer com os futuros médicos formados pela UNIFAP.
3. Mas é com a fúria da leviandade que o eminente articulista informa que “A UNIFAP padece cronicamente de recursos financeiros e muitos cursos que nada gastam já quase foram extintos. O pincel atômico para os professores escreverem são doados (sic) pelos alunos, papel para a prova é o aluno que traz de casa. E ainda pensam em criar uma faculdade de medicina...”. Além disso, o sr. Dardeg A. Aleixo critica o Governo Federal (MEC) pelo “modelo (PBL) que está sendo imposto como única forma de receber autorização para implantação da faculdade de medicina”, e os parlamentares amapaenses, por estarem silentes, por serem covardes e não terem o bom senso de se manifestar publicamente ao contrário. O distinto articulista não poupa críticas ao “médico do SUS, para os quais bastam conhecimentos de assistência básica à saúde” nem ao Governo do Estado (SESA) que “assinou protocolo disponibilizando o Hospital de Especialidades para servir de hospital escola”. E abaixo faz uma radiografia do sistema de saúde estadual, ao informar que todo o aparelhamento médico do HE está quebrado, que não há leitos disponíveis e nem material suficiente para o atendimento mínimo, ou seja, que as “terríveis condições” são as encontradas no quadro real da medicina do Estado.
Senhor Editor,
Dada essa situação provocada pelo sr Dardeg Aleixo nos manifestamos extrajudicialmente lamentando tal atitude, posto que suas afirmações são puramente mentirosas, irrefletidas e deletérias para o Ensino Superior do Amapá. Infundadas e sem sentido de alcance social. São, também, ilações ordinárias, alimentadas de sofismas de quem está totalmente descomprometido com o desenvolvimento social e político do nosso estado, e mais ainda, com a educação amapaense.
Como se sabe – é público e notório - a questão da implantação da faculdade de medicina na UNIFAP tem, sim, critérios políticos. Ela se origina dos anseios populares e estudantis desde os tempos do extinto Território Federal do Amapá, passando pelas mais diversas discussões em seminários, congressos, projetos e lutas intrépidas, onde diversos atores sociais e políticos desempenharam os papéis que lhes couberam naqueles momentos. Bem ou mal, mas representaram e encaminharam os anseios e as esperanças da nossa juventude, ávida pela possibilidade de ajudar o estado a melhorar suas condições de saúde e salubridade.
Talvez saiba o Sr. Dardeg Aleixo que o Amapá é a única unidade da federação a não possuir um curso de medicina. Talvez não saiba o sr. Darged Alixo que todos os amapaenses médicos lutaram bravamente para se formar lá fora, a maioria em faculdades públicas, passando necessidade, pois muitas vezes o que lhes cabia para a alimentação era trocado por um livro de medicina, tanta era a fome do conhecimento e da garantia da responsabilidade de se tornarem bons profissionais no futuro.
Xenofobia à parte, senhor editor, durante décadas os amapaenses foram dirigidos por mentes que nos impuseram o que não queríamos, por pessoas arrogantes que ditavam regras absurdas e diziam “o que era melhor para os amapaenses”, ofendendo as nossas condições de seres humanos e donos de nossos destinos. Foi assim com o desmembramento do estado do Pará, com a transformação do Amapá em Estado, com a criação da Universidade Federal do Amapá e com outras inúmeras decisões nas quais os interesses dos mandatários sobrepujaram o interesse coletivo e trouxeram prejuízos irreparáveis ao povo amapaense. E assim neste quadro surge mais um retardatário da ditadura a querer nos ditar o que não queremos, e nem precisamos ouvir.
O articulista de vosso jornal, ao fazer comentários sobre o que significa a implantação do curso de medicina pela UNIFAP contradiz-se na sua empáfia “científica” e “intelectual” ao tentar prever o que acontecerá aos médicos que se formarão. Ora, que critérios os levam a colocar, como se diz popularmente, o carro na frente dos bois, quando, num arroubo de desprezo pela medicina, numa contradição às leis científicas, prevê como uma vidente as mortes e os processos na justiça e no CRM, por futuros médicos formados pela UNIFAP que ainda nem ao menos se classificaram no processo seletivo que ainda não houve. Comentário assaz surrealista e enganador. Uma falácia. Um poço de leviandades.
Ora, senhor editor, que a Universidade Federal do Amapá tem poucos recursos, nós sabemos; que alguns cursos necessitam de mais professores, nós concordamos. Mas não podemos admitir a irresponsabilidade de pessoas como o sr. Dardeg Alixo em criticar sem fundamentos, em deduzir sem dados verdadeiros e, de principalmente achincalhar os políticos que nos defendem e que trazem para esta IFES os aparatos técnicos e estruturais que necessitamos para crescer. Afinal quem detém o poder são os políticos, e os que querem um Amapá melhor têm feito o seu trabalho e nos ajudado. E a despeito de outros dardegs a UNIFAP cresceu substancialmente, sem que façamos alarde disso na imprensa, pois o que fazemos é para o bem da sociedade amapaense e para o engrandecimento científico e educacional da Amazônia. Da mesma forma o curso de medicina será implantado e dirigido por professores e profissionais da medicina preparados e competentes, para que possamos realizar mais um sonho da juventude amapaense.
Não podemos esquecer que a crítica que o articulista faz ao sistema médico do estado, ao referir-se à disponibilidade deste para servir de hospital escola, é espantosa, pois se não nos enganamos é de responsabilidade do CRM interferir sobre as más condições do sistema e de lutar para melhorá-lo. Se não o faz, se só critica, é um problema de gestão. E aí cabe perguntar, usando as palavras que o mesmo utilizou: que futuros doentes sobreviverão nessas terríveis condições, já que os médicos atuais nada podem fazer por eles?
Cabe então, senhor editor, dar oportunidade ao futuro, porque o texto publicado é irresponsável, é leviano e imagético. É produto falaz de quem não tem o compromisso educacional e científico que a UNIFAP tem. Afirmamos, pois, que a UNIFAP tem condições técnicas, metodológicas, financeiras e educacionais competentes para que se implante o curso de medicina no Amapá, não apenas para preencher a lacuna que falta na federação brasileira, mas para dotar o Amapá de profissionais competentes que possam sim, preencher as suas necessidades medicinais e, quem sabe, cargos importantes e respeitáveis que compreendam o sonho amapaense de se libertar gradualmente dos grilhões daqueles que querem ver nossa terra sempre de forma pessimista.
Sr. Editor,

Ainda que o artigo (do latim, articulu, que também significa objeto de negócio, mercadoria, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Ed. Nova Fronteira. Rio, 1986,pág. 177) do dr. Dardeg S. Aleijo seja uma crítica acerba, no fundo mais se assemelha a um parecer encomendado politicamente para afetar o justo “sonho de centenas de jovens que almejam serem médicos”, para usar suas próprias palavras. O artigo nos parece, é produto embalado, e busca um objetivo resiliente e multifacetado na sociedade e para a sociedade. Traz a pífia triste empáfia de que ”o ensino da medicina não pode ser comparado com o ensino de outras profissões”. Traz em seu bojo o perfume cruel daqueles que não querem que o nosso estado cresça, ao impor o lastro de suas frustrações. Traz, enfim, a tentativa do desânimo, algo que passa longe da UNIFAP, pois temos a certeza que o povo e os políticos comprometidos com o Amapá não comungam com a posição retrógrada de vosso articulista e de vosso conceituado jornal.
Cordialmente,
Prof. Dr. JOSÉ CARLOS TAVARES CARVALHO
Reitor da UNIFAP"

José Carlos Tavares é
. Pós-Doutor em Farmacologia Clínica pela Frei Universität Berlin – Alemanha
. Doutor em Farmacologia pela Universidade de São Paulo – USP
. Mestre em Fármacos e Medicamentos pela USP/Ribeirão Preto- SP
. Especialista em Homeopatia pelo Instituto Homeopático François Lamasson
. Pesquisador 1C do CNPq
. Membro da Farmacopéia Brasileira – ANVISA - Ministério da Saúde
. Avaliador do INEP-MEC para cursos da área da saúde (Medicina, Farmácia e odontologia).

Vão perder o emprego

Os três funcionários da Procuradoria da República do Amapá presos ontem pela Polícia Federal em Macapá poderão perder seus empregos.
A Procuradoria informou que já está tomando todas providências para afastamento e instauração de processo administrativo contra eles e encaminhando a documentação relacionada ao fato à Procuradoria Geral da República, em Brasília.
A investigação foi pedida à Polícia Federal pela própria Procuradoria da República , quando descobriu que estava havendo vazamento de informações sigilosas.
Em nota, o Ministério Público Federal disse que não tolera que servidores públicos federais apresentem condutas que não sejam dignas e corretas. “É inaceitável que atos similares ocorram fora, e, muito menos, dentro da instituição”, diz a nota.

PF prende funcionários da Procuradoria da República

A Polícia Federal prendeu ontem três funcionários da Procuradoria da República no Amapá.
São eles Ubiracy Guimarães de Andrade, Anselmo da Costa Miranda e Carlos Renato de Jesus Santos.
Acusados da prática de corrupção passiva, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional, os três prestaram depoimento até por volta da uma hora da madrugada de hoje, depois foram submetidos a exame de corpo de delito e encaminhados ao Iapen - o presídio de Macapá.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vida boa

Hoje eu e o Soeiro estamos completando 29 anos de casados e reservamos grande parte do dia pra relaxar, namorar, curtir a natureza. Olha eu aí neste lindo igarapé de água límpidas contemplando a imensa beleza natural que Deus nos dá. Este é meu marido Soeiro, curtindo o igarapé.

Carnaval

Eis os enredos das escolas dee samba do Amapá para o carnaval-2009:
Boêmios do Laguinho
Lindo Grão-Pará. Meu coração vermelho e branco quer ver-o-peso da terra de Fafá

Maracatu da Favela
Agbára, Imi - Africa ile iponri, espaia sementes em berços tucujus no rufar dos tambores das comunidades tradicionais

Embaixada de Samba Cidade de Macapá
Do Marco Zero para os extremos do norte e do sul: uma viagem extraordinária pelas estradas da beleza e do encanto das civilizações

Piratas da Batucada
Da Fortaleza de Macapá ao Cristo Redentor, Piratão e Beija-Flor uma maravilhosa história de amor

Piratas Estilizados
Do Marabaixo ao Carnaval os Estilizados comandam o encontro dos tambores no Marco Zero da civilização

Solidariedade
Encontro dos tambores, sons e rituais que explodem no meio do mundo

Emissários da Cegonha
Amapá: Berço do mundo equinocial a caminho da luz mundial

Jardim Felicidade
A odisséia de um mestre-sala que virou o Rei Negro da corte do carnaval

As escolas de samba Império do Povo e Unidos do Buritizal não entregaram seus enredos à Liga até às 18 horas de ontem. Por perder o prazo cada uma terá que pagar multa no valor de dez salários-mínimos.

Jantar - Foi muito agradável, descontraído, gostoso e animado o jantar em comemoração aos 21 anos de fundação da Liga das Escolas de Samba ontem no restaurante Mr. Grill.
Embora convidados o governador Waldez Góes, o prefeito João Henrique e os secretários de cultura do estado e do município não deram as caras por lá.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Greve nos aeroportos

Vai viajar?
Então se prepare para passar horas no aeroporto à espera da aeronave e enfrentar uma série de problemas, como desconforto, sono e cansaço.
Os funcionários da Infraero vão começar à 0h desta quarta-feira uma greve nos principais aeroportos do Brasil, o que vai provocar atraso nos vôos.
Eles reivindicam reajuste salarial de 6% , benefícios adicionais e uma nova administração na Infraero.

Coisa boa

Essa chuva que cai, assim tão de repente, espalhando por toda a minha casa o perfume de chicória que vem do quintal.

Tá no Portal Terra

Eleitor pode denunciar fraudes por celular no AP
Alcinéa Cavalcante
Direto de Macapá

O eleitor amapaense poderá fotografar ou filmar com o próprio celular crimes eleitorais e enviar a "prova", de qualquer lugar e qualquer hora, para o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. É o que prevê o projeto 'Fiscal da Democracia', que será implantado ainda esta semana pelo TRE-AP.

"Ao se deparar com um crime eleitoral, o eleitor fotografa ou filma de seu próprio celular e envia este arquivo com uma mensagem de texto ao tribunal. Esse é um dos recursos que usaremos para garantir uma eleição limpa", disse o juiz Rommel Araújo, autor da idéia.

O TRE-AP, de acordo com o juiz Marconi Pimenta, tem uma equipe de fiscalização pequena para atender toda a demanda.

Por isso há muitos casos em que o eleitor liga fazendo a denúncia e quando a equipe do TRE chega ao local do suposto crime já não há mais nada.

"Ás vezes, o eleitor fica chateado, reclama que denuncia e o TRE não faz nada ou demora muito a chegar. Mas não é isso. É que com poucos recursos humanos se torna praticamente impossível dar conta de tudo", explica Pimenta.

Com o projeto 'Fiscal da Democracia', a Justiça Eleitoral nem precisa se deslocar ao local do suposto crime, uma vez que as imagens enviadas por celular já se constituirão em provas.

"Macapá tem cerca de 200 mil eleitores, se 5% desse eleitorado ajudar, teremos dez mil fiscais da democracia, o que pode garantir uma eleição extremamente limpa", diz Rommel Araújo.

De acordo com ele, o eleitor amapaense hoje está bem mais consciente, já não vende e nem troca seu voto. "Mas não basta só isso. É preciso também fiscalizar e denunciar e isso é fácil, pois quase todo mundo tem celular e quase todos os celulares filmam e fotografam."

O juiz diz que fala-se muito que há reuniões em órgãos públicos para forçar funcionários a votarem em determinados candidatos, pintar muros de suas casas, colocarem adesivos nos carros, trabalhar em campanha, mas não há provas.

"Com esse projeto teremos as provas, pois o cidadão é um fiscal da democracia que vai filmar ou fotografar de seu celular casos assim e enviar o arquivo ao TRE. Isso vai inibir muito certas práticas que desequilibram o pleito", assegura Rommel.

O juiz Rommel Araújo esteve reunido ontem à tarde com representantes das operadoras de telefonia móvel no Amapá que asseguraram que dentro de 48 horas estarão disponibilizando para o TRE as linhas que serão usadas para receber os arquivos enviados pelos cidadãos.

Os "sujos" de Amapá

Acusado de cometer uma série de irregularidades como presidente da Câmara de Vereadores de Amapá, o que acabou resultando no seu afastamento da presidência daquela Casa, Ney Giovanni da Costa Silva teve indeferido seu pedido de registro de candidatura a vereador. A impugnação de sua candidatura foi proposta pelo promotor eleitoral André Araújo que usou como argumento o fato do vereador estar respondendo a vários processos criminais e de improbidade administrativa.
Embora não tenha sido condenado por decisão definitiva, sua vida pregressa o torna inadequado para exercício de um cargo público”, diz o promotor.
Da decisão cabe recurso ao TRE.

O promotor eleitoral informou que também foi acolhido o pedido de impugnação da candidatura a prefeito de Carlos Cesar da Silva, o “Peba”.
Ex-prefeito, Peba aparece na “lista suja” do TCU. Suas contas, referentes ao exercício 2005 não foram aprovadas.
Também cabe recurso.


O município de Amapá tem 5.389 eleitores.

Campanha animada em Ferreira Gomes

Enquanto por aqui tá um marasmo só, no município de Ferreira Gomes a campanha está super animada, com carreatas e caminhadas quase todos os dias.
São cinco candidatos a prefeito e quatro deles montaram comitês na mesma rua. É um vigiando o outro e o outro vigiando o um.
Vice-prefeita, Socorro Costa (DEM) é candidata a prefeita, mas não tem o apoio do atual prefeito Adiel Ferreira (PTB). Ele está apoiando Divino Rocha, do PP.
Ferreira Gomes tem apenas 3.964 eleitores.

Fiscal da democracia

Com um celular que fotografa – coisa que quase todo mundo tem – e o desejo de que as eleições sejam limpas, o eleitor amapaense poderá de qualquer lugar e a qualquer hora denunciar crimes eleitorais, já apresentando as provas, ao Tribunal Regional Eleitoral.
É o projeto Fiscal da Democracia que será implantado ainda esta semana pelo TRE-AP. “Ao se deparar com um crime eleitoral o eleitor fotografa ou filma de seu próprio celular e envia este arquivo com uma mensagem de texto ao Tribunal. Esse é um dos recursos que usaremos para garantir uma eleição limpa”, disse ao o juiz Rommel Araújo, autor da idéia.
O TRE-AP, de acordo com o juiz Marconi Pimenta, tem uma equipe de fiscalização pequena para atender toda a demanda. Por isso há muitos casos em que o eleitor liga fazendo a denúncia e quando a equipe do TRE chega ao local do suposto crime já não há mais nada. “Às vezes o eleitor fica chateado, reclama que denuncia e o TRE não faz nada ou demora muito a chegar. Mas não é isso. É que com poucos recursos humanos se torna praticamente impossível dar conta de tudo”, explica Pimenta.
Agora com o Projeto Fiscal da Democracia a Justiça Eleitoral nem precisa se deslocar ao local do suposto crime, uma vez que as imagens enviadas por celular já se constituirão em provas.
Macapá tem cerca de 200 mil eleitores, se 5% desse eleitorado ajudar teremos dez mil fiscais da democracia, o que pode garantir uma eleição extremamente limpa”, diz Rommel Araújo.
De acordo com ele, o eleitor amapaense hoje está bem mais consciente, já não vende e nem troca seu voto. “Mas não basta só isso. É preciso também fiscalizar e denunciar e isso é fácil, pois quase todo mundo tem celular e quase todos os celulares filmam e fotografam.”

Distribuição de cestas básicas, de cimento, telhas e madeira, reuniões em órgãos públicos para forçar funcionários a votarem em determinados candidatos, pintar muros de suas casas, adesivarem carros, trabalhar em campanha, tudo pode ser filmado ou fotografado com o celular e enviado ao TRE. “Com esse projeto teremos as provas, pois o cidadão é um fiscal da democracia que vai filmar ou fotografar de seu celular casos assim e enviar o arquivo ao TRE. Isso vai inibir muito certas práticas que desequilibram o pleito”, assegura Rommel.
Rommel Araújo esteve reunido ontem à tarde com representantes das operadoras de telefonia móvel no Amapá que asseguraram que dentro de 48 horas estarão disponibilizando para o TRE as linhas que serão usadas para receber os arquivos enviados pelos cidadãos.

Carnaval

Liga das Escolas de Samba do Amapá completa hoje 21 anos de fundação.
A data será comemorada a partir das 20h30 com um jantar na sede do São José.

Termina às 18h de hoje o prazo para as escolas de samba entregarem seus enredos do carnaval 2009 na Liga. Até agora apenas Piratas da Batucada e Piratas Estilizados entregaram.

Festival de samba-enredo de Piratas da Batucada será nos dias 7 e 14 de setembro, na sede do Trem Desportivo Clube. O samba vencedor terá premiação de R$ 5 mil. O enredo do Piratão para 2009 é: “Da Fortaleza de Macapá ao Cristo Redentor: Piratão e Beija-flor, uma maravilhosa história de amor”.

Se você tem um celular que bate foto (isso quase todo mundo tem) e o desejo de que estas eleições sejam limpas, daqui a pouquinho eu venho contar o que você pode fazer para acabar com a farra dos candidatos que pressionam funcionários a pintar muros, adesivar carros, fazem reuniões em órgãos públicos, intimidam servidores e querem comprar votos com cesta básica, telha, madeira etc.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Lembras

daquela vez que um prefeito, vindo não sei de onde, mandou pintar de branco aquela imensa pedra de manganês da Praça Veiga Cabral?

O jornalista e advogado Pedro de Paula Rodrigues respondeu na caixinha de comentários:
"Lembro. Era menino, ainda, mas já desfilava nas redações dos jornais da época, como escriba, lembra?
É hilário, sim, mas é um descalabro ao bom senso. E olha que muita, mas muita gente mesmo, aplaudiu, hiptonizada pelo poder que aquele cara exercia na época..."

Sobre a lista suja

"Seria bom que essa lista fosse colocada ao alcance da população, com os seguintes dizeres: em caso de dúvida da idoneidade do candidado, consulte a lista.
(Juiz eleitoral Heraldo Costa, de Tartarugalzinho-AP)

Arte no Sesc

Para fechar em grande estilo a temporada de férias do Projeto Botequim, o Sesc apresenta amanhã, terça-feira, a partir das 21h, a banda amapaense Yes Banana.
Vai perder?

E na sexta-feira, às 19h, será a abertura da III Aldeia Sesc Povos da Floresta, evento que reúne todos os segmentos de arte durante uma semana inteirinha em dois pólos (Sesc Araxá e Casa Brasil) e no circuito de Marabaixo e Batuque (em instituições públicas e privadas).

Bom dia!

"Há certas coisas que não haveria mesmo ocasião de as colocarmos sensatamente numa conversa - e que só num poema estão no seu lugar. Deve ser por esse motivo que alguns de nós começaram, um dia, a fazer versos. Um modo muito curioso de falar sozinho, como se vê, mas o único modo de certas coisas caírem no ouvido certo." (Mario Quintana)

sábado, 26 de julho de 2008

O Sarau da Confraria

Poetas, músicos, artistas plásticos, escritores e artesãos se encontraram ontem no Largo dos Inocentes no Sarau promovido pela Confraria Tucuju.
Foi uma noite maravilhosa, daquela que você volta pra casa flutuando, com a alma tranquila, o coração cheinho de ternura e a certeza de que a arte é fundamental na construção de um mundo melhor.
Presidente da Confraria há três meses a advogada Telma Duarte foi bastante parabenizada pela iniciativa e garantiu que toda última sexta-feira do mês haverá sarau no Largo.

No Sarau...

Quarteto da Bossa, show em homenagem aos 50 anos da Bossa Nova
Músico, fotógrafo e blogueiro Chico Terra
Poeta Carla Nobre e eu
Ex-presidente da Liga das Escolas de Samba, Abimael Peres, e a atual presidente Marjô
Tenda da literatura amapaense
Ator Carlos Lima, diretor do Teatro das Bacabeiras
Jornalista e cantor Humberto Moreira

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Por onde andam?

Década de 70. Época em que movimento escoteiro era forte no Amapá. A foto mostra lobinhos (crianças de 7 a 11 anos) do Grupo Escoteiro do Mar Marcílio Dias, cuja sede ficava na rua Eliezer Levy no bairro do Trem.
Essas meninos cresceram, se formaram, casaram. Uns continuam em Macapá, outros mudaram de cidade. Um deles já foi a alegria da torcida num time de futebol.
Examine bem essa foto. Você consegue identificar esses meninos e dizer por onde andam e o que fazem hoje?

E esses?

Também década de 70. Aí já são os rapazinhos, os escoteiros ( mais de 11 anos de idade). Essa foto foi feita no Dia da Marinha quando a Capitania dos Portos presenteou o Grupo de Escoteiros do Mar Marcílio Dias com essa pequena lancha.
Ah, a mocinha aí sou eu. Eu era "Akelá", isto é, chefe de lobinhos.

Sarau no Largo

Hoje tem sarau no Largo dos Inocentes, ali atrás da igreja de São José.
Promovido pela Confraria Tucuju o sarau vai das 18h às 23h.
A Confraria manda avisar que será uma grande seresta com exposição de artes plásticas, poesias, obras da literatura amapaense, artesanato e música.

Tem show do Quarteto da Bossa (das 20h às 21h30) e da Júlia Medeiros (21h30 às 23h).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Perambulando pela blogosfera...

Achei no blog O canto do Galo essa foto do jogador amapaense Bira. A foto é de 1982, ano em que o Atlético foi campeão mineiro. Enquanto esteve no Atlético, Bira participou de 34 jogos e marcou 12 gols.

Tem mais informações sobre este amapaense ilustre no blog O Canto do Galo. Para acessar clique aqui

Blog Pai d'égua

Clube do Jet – É o blog da galera que curte esportes aquáticos, sobretudo os praticados com lancha e Jet Ski. Além de reunir a turma, mostrar o que rola nos rios do Amapá, o blog traz fotos de lugares belíssimos e eventos desse estado.
Esta semana o blog está com uma seleção de fotos de Afuá, mostrando os famosos bicitáxis, as ruazinhas do lugar, balneários e o Festival do Camarão do ano passado.
É realmente um blog pai d’égua, daqueles pra ser acessado todos os dias.
Anota aí o endereço:
http://clubedojet.blogspot.com

Estou sempre dando dicas de blogs que valem a pena ser acessados. E vocês podem enviar sugestões para o meu e-mail alcinea.c@gmail.com

Agenda dos candidatos - Macapá

Fátima Pelaes
13h às 14h - Almoço com lideranças
15h às 17h – Discussão do plano de governo
20h às 21h30 – "Ouvir você" nos bairros

Moisés Souza
16h - Caminhada no bairro do Muca
19h - Reunião no bairro São Lázaro

Dalva Figueiredo
16h - Visita e Bandeirada na Feira do Agricultor Pacoval
17h30 - Plenária no Comitê Central (Avenida Padre Julio)
20h - Participa da trasladação da imagem de São Cristovão (com saída da UBMA) e arraial na quadra da Capela de São Cristóvão.

Alô, alô, assessorias

A partir de agora este blog vai publicar as agendas dos candidatos a prefeito de Macapá e Santana.
Portanto, assessores, enviem as agendas de seus assessorados para o e-mail alcinea.c@gmail.com
Ah, podem enviar também fotos e releases. Se for notícia, publicaremos. Se for babação de ovo, deletaremos.

Boa tarde!


AINDA EXISTE O AZUL
Isnard Lima

É preciso perfurar o azul que surge em meio do inverno. Olhar para o céu com olhos bem grandes, como quem abraça o mundo pela primeira vez. Olhar para o Alto, na identificação peregrina dos ciganos livres e compreender que, apesar da revolta dentro do mundo, ainda existe Azul e sorrisos de criança na Praça da Alegria. Amar esse Sol de ouro e arrebentar de improviso com as algemas da angústia, a despeito deste amor muito grande que não parte nem desparte, mas se avoluma em ondas e espuma e explode nas areias de um silêncio feito de alegria e dor. Criar de repente um poema para a amada e olhar dentro de seus olhos negros, encontrando a renovação do mistério magnético de luzes que acendem e apagam mas não morrem nunca. E vê-la, a Amada, olhar para a gente como quem descobre um novo ABC. E deixar escorrer entre os dedos alguma coisa parecida com a felicidade. E depois, num beijo muito longo, mandar às favas os que não sabem amar. E assoviar, e apontar a estrela muito bela, que os outros não viram, vir caindo como um poema de ternura que a morte não levou.

Poeta, escritor, advogado e boêmio, Isnard Brandão Lima Filho, meu compadre, nasceu em Manaus em 1º de novembro de 1941 e veio para Macapá em 1949. Publicou dois livros: Rosas para a Madrugada (poemas, 1968) e Malabar Azul (crônicas, 1995). Morreu em 11 de julho de 2002 deixando inacabado um livro de memórias e pronta para a publicação a coletânea poética Seiva da Energia Radiante.

Tô voltando

Deixei o blog de lado nos últimos dias.
Mas agora tô voltando.
Portanto, daqui a pouco tem novidades aqui.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Tá na Folha de S.Paulo

Eike foi "mentor intelectual" de fraude em licitação, afirma PF

O inquérito da Polícia Federal que culminou na Operação Toque de Midas aponta indícios de que Eike Batista, presidente da MMX, empresa suspeita de ter sido beneficiada na licitação de uma ferrovia do complexo minerador da serra do Navio (AP), foi o "mentor intelectual" da suposta fraude.

"Eike Batista, como mandante, mentor intelectual, tinha ciência de todas as fases da licitação [...]. Até porque, na função de presidente do conselho administrativo da MMX, era e continua sendo ele quem dá as ordens a serem executadas, as diretrizes a serem seguidas, no que concerne à empresa. Não restam dúvidas [...] que deve responder por suas condutas", afirma o inquérito da PF.

Para os policiais, essa ilação é lógica, já que Flávio Godinho, que aparece em diversas escutas discutindo o andamento das supostas irregularidades, não só ocupa cargos de direção em várias empresas de Eike como também é seu "fiel escudeiro", segundo o inquérito.

"Como poderia o proprietário de um grande grupo econômico, que se auto denomina "uma mistura de talento, obstinação e visão de negócio", permanecer alheio a tudo o que acontecia no momento mais crítico de seu planejamento, qual seja, a concepção dos chamados "sistemas" da MMX?" Segundo o advogado de Eike, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, o inquérito não aponta atos nem circunstâncias que demonstrem o envolvimento do empresário.

A PF também sugere que a concessão supostamente fraudulenta da estrada de ferro era essencial nos planos de Eike de vender o complexo para a Anglo American, acordo fechado neste ano por US$ 5,5 bilhões. "A grande jogada de Eike Batista era criar um sistema logisticamente independente de lavra (mina), transporte (estrada de ferro) e carregamento de minério de ferro (porto de Santana). Essa seria a razão da importância do sistema MMX Amapá perante investidores internacionais nos planos da MMX e seu proprietário na busca de seus bilhões de dólares", diz o inquérito da PF.

Na semana passada, a Anglo American disse que só concluirá a transação, que inclui a MMX Minas-Rio, depois que forem esclarecidas as investigações. O inquérito cita a valorização da MMX e que, "ao que tudo indica", "esconde-se por trás desse grande feito uma rede de corrupção orquestrada pela quadrilha montada para que Eike Batista pudesse ter êxito na sua empreitada".

Eike não foi grampeado nem é citado nas conversas, gravadas com autorização judicial, transcritas no inquérito.

Só elogios

A legislação eleitoral proíbe que se emita opinião desfavorável a qualquer candidato.
Só se pode elogiar.
Portanto, muito cuidado. Se você lembrar ao eleitor que tal candidato já surrupiou dinheiro da saúde, da merenda escolar, já foi preso pela Polícia Federal por roubo de dinheiro público, corrupção, formação de quadrilha etc o patife vai dizer que isso é propaganda negativa, opinião desfavorável e vai te processar.
É por isso que até pedófilo recebe tratamento de Vossa Excelência nesse país.

Casa de jornalista é incendiada

Jornal A Cidade

Santarém-PA -Por volta das 2h30 da madrugada de domingo, dois homens em uma motocicleta Brós de cor preta, atearam fogo na casa do jornalista Jeso Carneiro, situada na avenida Silva Jardim. No momento do ataque, o jornalista e sua esposa encontravam-se na praia, estando na residência apenas a sogra, uma senhora de 81 anos, a filha do casal e o cunhado.

De acordo com um casal de testemunhas que se encontrava em uma parada de ônibus, os dois homens deram quatro voltas antes de parar com a motocicleta em frente à residência de cometer o crime. O casal conta que o indivíduo que estava na carona desceu com um carote na mão e começou a jogar o líquido inflamável nas paredes e no telhado da casa, ateando fogo em seguida. As testemunhas disseram ainda que o fogo ganhou proporção quase atingindo a rede elétrica do imóvel. Na fuga, um dos elementos deixou para trás um par de tênis, um isqueiro e o carote. A polícia suspeita que o fogo também atingiu um dos elementos. Essa possibilidade é baseada nas declarações das testemunhas.

As vítimas - No interior da residência a filha do casal ao perceber a sala em chamas, gritou por socorro sendo ouvida pelos vizinhos que correram para tenta apagar o fogo. Um dos vizinhos pegou o extintor de incêndio de seu carro para tentar conter as chamas, enquanto outro jogava água e areia na casa.
Minutos depois quando o fogo já havia sido controlado, as vitimas foram retiradas e socorridas, entre elas, uma senhora de 81 anos e uma jovem de 20, que passaram mal por causa da forte nuvem de fumaça que tomou conta do interior da residência.

Perícia - Depois de registrada a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, onde o jornalista Jeso Carneiro falou de seus desafetos e possíveis autores do atentado. A perícia no local foi realizada nesta manhã, por volta das 6h30. De acordo com o perito Judson Brito, após as primeiras análises superficiais da cena do crime, já pode se constatar a intenção criminosa. “Da forma como foi jogado o material, ateado o fogo e também o tipo material líquido inflamável usado, já podemos verificar que a intenção foi realmente incendiar a casa e não somente dar um susto”, declarou o perito.

Judson coletou amostras de todo o material encontrado, entre eles o carote queimado, o isqueiro usado para atear o fogo, o par de sapatos parcialmente queimado deixados pelos bandidos, amostras de vários resíduos dentro e fora da residência.

O alvo - Não é a primeira vez que o jornalista Jeso Carneiro sofre esse tipo de atentado. Segundo ele, já atentaram contra o prédio do jornal a Gazeta, de propriedade do irmão, o também jornalista Celivaldo Carneiro, contra seu carro e agora contra sua casa, todos da mesma forma, ateando fogo.

Em entrevista exclusiva ao Portal na Hora, Jeso disse ter certeza de esse atentado foi mais uma tentativa covarde de lhe fazer calar e intimidá-lo por causa de profissão. “Isso é para me tolir, me ameaçar e amedrontar em função do que eu faço no jornalismo”, falou indignado o jornalista.

Para ele, o atentado tem haver com os últimos acontecimentos relacionados à sua proibição, na Justiça, de relatar fatos e manifestar criticas sobre determinadas pessoas. “Eu não descarto nenhuma possibilidade. Há duas semanas eu fui impedido de falar no meu blog e eu ganhei na Justiça o direito de me manifestar, depois acontece isso, não é coincidência. Trata-se de uma questão política, é tentativa me cercear na liberdade do exercício da minha profissão”, diz Jeso.

As providencias - Segundo Jeso, já foram tomadas todas as providencias no que tange as questões policiais, mas que não vai parar por aí. “Nós vamos acionar não só a polícia, mas também outras autoridades como, a Polícia Federal, a governadora do Estado e todos que forem possíveis, já que isso é um atentado contra mim, meu direitos de expressão e minha família. Agora foram só danos materiais e mas poderia ter sido muito pior”.

Solidariedade ao jornalista Jeso

Não deixe esfriar!
Manoel Dutra*

Não deixar esfriar. O mandante Já!
Mandar botar fogo na casa de um jornalista é um crime que extrapola a sua segurança pessoal e a de sua família! Estes merecem imediata proteção do Estado - da Polícia e da Justiça. E do Legislativo também.
Mas a questão é mais profunda: atentar, na escuridão da noite, contra quem quem age às claras, pois o papel do jornalista é agir às claras, é atentar contra todos nós, contra toda a sociedade, é atentar contra a Democracia que a tanto custo procuramos construir neste País.
O atentado à casa e à família do Jeso atinge a todos nós jornalistas.
Se agora nos omitimos, se calamos, amanhã a vítima poderá ser qualquer um de nós que vivemos de produzir notícias, boas e más, como bons e maus são os procedimentos das pessoas, dos políticos, do homem e da mulher comum, das autoridades.Por isso é que esse episódio não pode esfriar.
E não cabe só ao Jeso procurar a solução. Somos todos nós, jornalistas e todos os cidadãos os responsáveis, por pressionar por uma solução imediata. Nesta segunda-feira tudo deve ser feito: acompanhar de perto a investigação policial, procurar e instigar uma ação firme do Ministério Público, exigir um pronunciamento da Câmara de Vereadores e da Assembléia dos Deputados, mesmo em férias, a fim de pressionar a máquina estatal a encontrar, já, o mandante desse crime que não é o primeiro.
É preciso envolver a governadora do Estado para que, do alto de sua autoridade, determine imediatas e eficazes ações para trazer a público o nome desse ou desses inimigos públicos que, se hoje tentam destruir um jornalista e a sua família, amanhã poderão fazer muito mais, do muito que, provavelmente, já fizeram contra a ordem pública e contra o bem público, inimigos que são da convivência democrática.
Ao mesmo tempo, é hora, e já passou da hora, de todos os jornalistas de Santarém e do Pará inteiro se unirem, a despeito de suas eventuais diferenças político-partidárias, e denunciarem essa selvageria e exigirem a investigação completa até chegar à cara do mandante ou mandantes. Cada jornalista que se calar ou será conivente ou estará criando a possibilidade de também virar vítima amanhã.
Embora não tenha mandato por eleição, o jornalista é uma pessoa pública pela natureza de seu trabalho. Atentar contra um desses profissionais é atentar contra todos e ferir a liberdade de expressão. Se alguém não gosta das coisas que o Jeso ou qualquer outro jornalista escrevem, que vá se queixar na Justiça.
Fazer diferente, merece a repulsa geral.
Por isso, sugiro aos colegas jornalistas de Santarém que não deixem a peteca cair: comecem hoje a coletar assinaturas de colegas e de todas as pessoas de bem de Santarém, a fim de remeter essas assinaturas de repúdio e pedido de sérias providências à governadora, aos presidente dos tribunais, aos parlamentares locais e estaduais, aos órgãos de imprensa nacionais.
A ação deve envolver o Sindicato dos Radialistas, o Sindicato dos Jornalistas do Pará, a OAB, as igrejas, os demais sindicatos, associações empresariais e populares, os dois cursos de Jornalismo de Santarém, as Universidades, Ongs, enfim, todos os grupos da sociedade civil organizada no sentido de botar na rua a cara de quem fez e de quem mandou tocar fogo na casa do jornalista.
EU GOSTARIA QUE ESTE MEU MANIFESTO SAÍSSE DAS PÁGINAS DO BLOG DO JESO PARA OUTROS BLOGS, PARA AS REDAÇÕES DE TODOS OS JORNAIS DE SANTARÉM E DE BELÉM, PARA AS RÁDIOS, PARA AS TELEVISÕES, QUE FOSSEM FEITAS CÓPIAS E DISTRIBUÍDAS NAS RUAS, NAS FEIRAS, NOS MERCADOS, NAS IGREJAS. SUGIRO QUE, NO PRÓXIMO FIM DE SEMANA, ESTAS FORÇAS SOCIAIS PROMOVAM UMA CONCENTRAÇÃO EM LOCAL PÚBLICO, PARA FINALIZAR O DOCUMENTO CONTRA ESTE CRIME E CONTRA A CORRUPÇÃO DE MODO GERAL, COLETANDO ASSINATURAS PELAS RUAS DA CIDADE.
Assim, demontraremos, todos, que não mais aceitamos o mandonismo daqueles que querem continuar impunes, traindo a confiança do povo.
Façamos um cruzada contra o crime e a corrupção. O MANDANTE, JÁ!

*Manuel Dutra é jornalista e professor doutor

Tá no Jornal do Dia

Ricardo “Leão” será um dos destaques do Amapá no Brasil Open 2008

Mario Tomaz

O Amapá será representado por 15 atletas nos dias 1, 2 e 3 de agosto durante o Brasil Open de Taekwondo. O evento será realizado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo e para isto além de ser bom atleta, é preciso ter patrocinador para esta competição. Os amapaenses já mostraram que podem chegar ao título e não existe pensamento negativo.

Para o presidente Alberto Júnior Maciel, entre os homens um atleta tem evoluído bastante durante estes anos de treinamento e pode ser um dos candidatos a medalha de ouro na competição. " Além de ser um atleta bastante dedicado em seus treinamentos, tem amplas condições de trazer medalhas do Brasil Open" , destacou o presidente da federação.

Ricardo Leão é um dos atletas que mais evoluiu no taekwondo. Filho de militar com jornalista, Ricardo aproveita o que aprendeu em casa com a dedicação do que vem conseguindo durante estes anos de treinamento.

Para o presidente Júnior Maciel, quem investir neste atleta só terá retorno positivo do esporte a nível nacional " E é um dos melhores atletas da atualidade do tawkwondo amapaense" , comentou o presidente, satisfeito com o resultado do atleta.


(Ricardo Leão, o Ricardinho, é meu sobrinho e afilhado. Já trouxe várias medalhas para o Amapá e com certeza trará mais essa. E eu, tia e madrinha coruja, fico cheia de orgulho, fico toda metida.E com razão, né?)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

:(

Eu queria tocar um instrumento
sem que as notas musicais
se transformassem em lágrimas.
Mas essa dor não deixa.
(Alcinéa)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Operação Akator

A Polícia Federal deflagrou hoje no Amapá a “Operação Akator” para desmontar um esquema de fraudes envolvendo servidores do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Junta Comercial do Amapá (Jucap), empresários do ramo da mineração e a empresa Mineração Cachoeira Ltda, subsidiária da International Gold Resource – IGR, uma holding que controla várias empresas de mineração.
Dos 10 mandados de prisão, oito foram cumpridos até às 18h. Foram presos o ex-chefe do DNPM-AP, João Batista de Azevedo Picanço Neto, Joana Biraci da Silva Borges (funcionária do DNPM-AP), a vice-presidente da Junta Comercial do Amapá Maria Angélica Corte Pimentel, o empresário do ramo de mineração Vinício Branco, alem de Marcos Gaspar Sayd, José Carlos Duarte, Gildácio José de Lima Araújo e Lucila Nunes da Silva, ligados à Mineração Cachoeira.
“O maior crime cometido por essas pessoas foi lesar investidores internacionais na Bolsa de Valores do Canadá”, disse o diretor do DNPM Celso Marques Junior. Ele explicou que a Mineração Cachoeira detinha autorização do DNPM para realizar pesquisa no distrito de Lourenço, município de Calçoene (AP), mas o relatório da pesquisa apresentava dados inverídicos, superestimando o potencial mineral da região. Caberia ao DNPM fazer a checagem destes dados. O que não foi feito. O DNPM, sob a gestão de João Picanço Neto, avalizou o relatório da Mineração Cachoeira que, valendo-se disso, atraía investidores internacionais. O crime, segundo ele, vinha sendo cometido há um ano e meio.
O delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações, Fernando Chuí, disse que o cenário de exploração dos recursos minerais contaram com a omissão do DNPM. “João Picanço Neto era muito omisso no trato das questões minerais, aprovava relatórios com dados inverídicos, que mostravam uma atividade mineral altamente lucrativa e isso era divulgado lá fora para especular na bolsa de valores”, disse Chuí.
Ele não quis dar mais informações sobre a Operação Akator alegando que o inquérito corre sob segredo de justiça, mas adiantou que outras prisões podem ser feitas nos próximos dias.
Sobre a a vice-presidente da Junta Comercial, Maria Angélica Corte Pimentel, ele contou que ela participava do esquema acelerando a documentação da empresa na Junta e por isso recebia material de construção para reforma de sua casa. Já João Picanço Neto recebia propina mas, por enquanto, o delegado omite os valores.
Das duas pessoas que faltam ser presas, uma estaria em Minas Gerais, segundo a PF.

O superintendente da PF no Amapá, Rui Fontel, ressaltou que a operação deflagrada hoje não tem nada a ver com a Operação Toque de Midas, que investiga possível fraude no processo licitatório da Estrada de Ferro do Amapá para beneficiar a MMX, do empresário Eike Batista.

Os presos na Operação Akator

- João Batista de Azevedo Picanço Neto – Ex-chefe do DNPM-AP
- Joana Biraci da Silva Borges – Funcionária do DNPM-AP
- Maria Angélica Corte Pimentel - Vice-presidente da Junta Comercial do Amapá
- Marcos Gaspar Sayd, José Carlos Duarte, Gildácio José de Lima Araújo,
Lucila Nunes da Silva - Todos ligados à Empresa Mineração Cachoeira Ltda.
- Vinício Branco – empresário do ramo da mineração

Duas pessoas ainda estão foragidas, devendo ser presas nas próximas horas.

Mais tarde eu volto contando detalhes do esquema montado por essas figuras.

PF prende vice-presidente da Jucap

Oito pessoas já foram presas pela Operação Akator deflagrada hoje pela Polícia Federal no Amapá. Uma delas é a vice-presidente da Junta Comercial do Amapá.
Entre os presos estão dois empresários bastante conhecidos, além de servidores da Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Junta Comercial e pesquisadores e geólogos.
São dez mandados de prisão e sete de busca e apreensão.
A Polícia Federal só vai divulgar a relação dos presos no final da tarde.

PF deflagra nova operação no Amapá

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a Operação Akator para desmantalar um bando envolvido com a extração clandestina de ouro, do qual fazem parte funcionários do Departamento de Produção Mineral (DNPM), da Junta Comercial, empresários, geólogos e pesquisadores.
A investigação foi iniciada em junho de 2007, após o recebimento de uma denúncia de lavra clandestina e extração de ouro no distrito de Lourenço, município de Calçoene (AP).
A Polícia Federal verificou ao longo das diligências uma deliberada omissão do DNPM local no trato das questões atinentes à exploração de recursos minerais no Amapá.
“Com autorização judicial, a PF interceptou comunicações telefônicas de pessoas vinculadas à organização criminosa. Tal medida investigatória, aliada a provas testemunhais e documentais colhidas, acabou por apresentar um cenário criminoso com amplitude muito maior do que a imaginada quando da instauração do Inquérito Policial.”, informou a PF no Amapá.

A Polícia Federal descobriu que algumas empresas mineradoras se instalam no Amapá, apresentando relatórios forjados, que superestimam o potencial mineral da região, inclusive quanto à presença de ouro, buscando atrair investimentos de empresas estrangeiras. “Esses relatórios são aprovados irregularmente por alguns servidores corruptos do órgão responsável (DNPM), que patrocinam os interesses da empresa no órgão, mantendo a aparente legalidade da empresa e dotando as pesquisas de credibilidade”, diz a Polícia Federal através de nota.
Ainda segundo a PF algumas empresas estrangeiras, em seu próprio site na internet, chegam a veicular notícias sobre as regiões “pesquisadas”, tratando-as como novos eldorados, fazendo também referência ao aval dado pelo órgão responsável para a pesquisa.

Foram investigados empresários do ramo da mineração que se utilizavam da
complacência de servidores públicos federais para explorar indevidamente recursos minerais no Amapá.
Também foram investigados servidores públicos do DNPM e da JUCAP que
participavam decisivamente da organização criminosa, praticando condutas totalmente indevidas em troca de vantagens pessoais.
Estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão


AKATOR - O nome da operação é uma alusão à palavra Maia que significa Eldorado, uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas que falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesouros existiriam em quantidades inimagináveis.

...

"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho..." (Mario Quintana)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Eike diz que vai notificar o Ministério da Justiça

Agência Estado

O presidente da EBX, Eike Batista, afirmou hoje que pretende apresentar uma notificação formal ao Ministério da Justiça a respeito das acusações divulgadas na última sexta-feira envolvendo a mineradora MMX (empresa controlada do grupo), que resultaram na busca de documentos na casa do empresário, no Rio de Janeiro. Durante teleconferência com analistas, Eike reafirmou que a mineradora não cometeu irregularidades em licitação no Amapá, conforme investigações da Polícia Federal.

Na conferência, ele disse que estuda a possibilidade de ser preparada uma notificação formal, com a finalidade de minimizar os danos causados pelas denúncias.

O empresário afirmou, durante a conferência, que teve acesso aos arquivos da Polícia Federal, o que possibilitou a conclusão de que as acusações apresentadas são infundadas. Eike também ressaltou que seu nome não é citado em nenhum momento nos arquivos da Polícia Federal. O executivo não atacou o trabalho da PF e disse que as "pessoas cometem enganos". "E este é um erro gigantesco", acrescentou.

Em linha com o comunicado divulgado na sexta-feira, o executivo reafirmou que a MMX não tem atividades de ouro no País e que, portanto, a denúncia de desvio de ouro lavrado nas minas do interior do Estado do Amapá não tem fundamento.

Ele também reafirmou que o processo licitatório da concessão da estrada de ferro do Amapá, que liga os municípios de Serra do Navio e Santana, ocorreu dentro dos trâmites legais. Hoje, a concessão é administrada pela MMX Amapá, que teve o controle vendido no início do ano para a Anglo-American. Durante a conversa com analistas, o diretor jurídico da EBX, Paulo Gouvêa, afirmou que o próprio fato de a transferência dos ativos ter sido aprovada pela companhia sul-africana comprova a legalidade da concessão.

domingo, 13 de julho de 2008

Do meu jardim pra enfeitar tua semana


Arquivo do blog

No dia 22 de maio do ano passado eu publiquei isso:

Afilhado do senador José Sarney, o ministro Silas Rondeau – que está todo enrolado na Operação Navalha – esteve no Amapá três dias antes das eleições (28/09/2006) para participar de um evento da MMX (a mineradora de Eike Batista) ao lado de José Sarney e do governador Waldez Góes.
Só pra lembrar: O empresário Eike Batista e a Construtura Gautama doaram cada um R$ 200 mil para a campanha do governador Waldez Góes, que fez campanha casadinha com Sarney.(Foto: site do Governo do Amapá)"

sábado, 12 de julho de 2008

No Estadão, hoje

PF vasculha casa de Eike Batista

Alcinéa Cavalcante e Vannildo Mendes

A Polícia Federal realizou ontem buscas na casa do empresário Eike Batista, no Rio de Janeiro, e em outros onze endereços, distribuídos por três Estados, pertencentes a empresas e a executivos ligados ao bilionário. As diligências, que fazem parte da Operação Toque de Midas, também se estenderam a endereços de servidores públicos, suspeitos de terem beneficiado o grupo do empresário em licitações públicas no Estado do Amapá.

O superintendente da PF naquele Estado, Rui Fontel, disse ontem que existem indícios de que várias pessoas ligadas ao bilionário estão envolvidas em crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção. Mediante propina e favorecimento pessoal, a empresa MMX, de Eike, teria sido beneficiada no processo de licitação da estrada de ferro do Amapá, segundo o superintendente.

A MMX é uma das empresas integrantes da EBX - holding fundada e presidida por Eike, com atuação nos setores de mineração, logística, energia, petróleo e gás. Todas as empresas vinculadas à holding estão sendo investigadas pela PF.

Ontem os agentes também estiveram na residência do vice-presidente da MMX, Flávio Godinho. Apontado como braço direito de Eike, ele aparece nas análises da PF como provável cabeça da fraude ocorrida no processo de licitação.

A PF não encontrou provas do envolvimento direto de Eike nas irregularidades, segundo o responsável pela Operação Toque de Midas, delegado Fábio Tanura. "Só a análise do material apreendido, que começa na próxima semana, vai mostrar o grau de envolvimento de cada um", disse o delegado.

EMPRESA NEGA

Em nota distribuída ontem, a MMX negou qualquer irregularidade na licitação que resultou na outorga à empresa da concessão da Estrada de Ferro do Amapá. A PF assegura, no entanto, que foram encontrados indícios de direcionamento da licitação para que as empresas do grupo fossem beneficiadas.

Ainda de acordo com a PF, "o direcionamento se daria com o ajuste prévio de cláusulas favoráveis às empresas do grupo, principalmente as referentes à habilitação dos participantes no procedimento licitatório, afastando, dessa forma, demais interessados na concessão". A concessão foi obtida pela empresa Acará Empreendimentos Ltda., sendo depois repassada à MMX Logística, ambas do mesmo grupo econômico, numa operação proibida pela lei de licitações.

Mais tarde, parte do grupo MMX foi vendido para a mineradora Anglo American, que atualmente toca o negócio. A venda foi feita pelo valor de US$ 5,5 bilhões.

FIO DA MEDA

As investigações começaram no início deste ano. Mas a ponta do fio da meada já tinha sido detectada em 2006, quando a PF investigava o desvio de R$ 40 milhões do setor de saúde no Amapá. Era a chamada Operação Antídoto, que em 2007 levou à prisão secretários de Estado, empresários e políticos.

A Operação Toque de Midas investiga também indícios de sonegação fiscal em relação ao ouro extraído no município de Pedra Branca. Segundo a PF, existem suspeitas de que o ouro extraído não esteja sendo totalmente declarado perante os órgãos arrecadadores.

Na nota distribuída ontem, a MMX declara que atua na mineração de ouro no Amapá ou em qualquer outra região do País. A PF alega, porém, que essa atividade pode estar sendo feita por meio de laranjas. A resposta final só virá, porém, após a análise do material apreendido ontem na casa do empresário - e nos outros endereços visitados pelos agentes federais.

No Portal Terra, hoje:

Sábado, 12 de julho de 2008, 13h42
MPF: há indício de benefícios a empresa de Eike
Alcinéa Cavalcante
Direto de Macapá


O Ministério Público Federal (MPF) do Amapá afirmou ter informações de que a mineradora MMX Amapá, empresa do Grupo EBX, pertencente ao empresário Eike Batista, teria sido beneficiada ilegalmente durante o processo licitatório para concessão da estrada de ferro do Amapá. De acordo com o MPF, há "fortes indícios da existência de uma organização criminosa responsável por fraudes na licitação para concessão da estrada de ferro que liga o município de Serra do Navio ao Porto de Santana".

O contrato de concessão por 20 anos foi assinado pela MMX em março de 2006. Após a celebração do contrato com o governo do Estado, a MMX Logística firmou, com a EBX Mineração Ltda., um contrato de transporte ferroviário, pelo prazo de 20 anos, para o transporte de minério de ferro.

Além da suspeita de fraude na licitação, a análise do material apreendido ontem pela Polícia Federal durante a Operação Toque de Midas poderá comprovar se parte do ouro extraído no município de Pedra Branca está saindo ilegalmente. Há indícios de que a quantidade declarada à Receita Federal é inferior à retirada, havendo sonegação fiscal.

A MMX declarou em nota que "não realiza quaisquer atividades de mineração de ouro no Amapá ou em qualquer outra região do País". A exploração do ouro é feita pela Mineradora Pedra Branca do Amapari (MPBA), da qual a MMX era sócia minoritária quando a Polícia Federal tomou conhecimento que poderia haver algo de errado na exploração do ouro, em 2006.

O superintendente da Polícia Federal no Amapá, Rui Fontel, disse que as investigações sobre a licitação da estrada de ferro e do desvio de ouro começaram no início deste ano, mas ressaltou que as primeiras informações são de 2006, quando a Polícia Federal começou a investigar o desvio de R$ 42 milhões da saúde no Amapá.

A investigação levou mais de 20 pessoas à prisão nos meses de março e agosto do ano passado, durante as operações Antídoto I e II. Foram presos políticos, secretários de Estado, funcionários públicos e empresários. Dois dos presos nas operações Antítodo aparecem na Toque de Midas: Braz Martial Josaphat e Guaracy Campos Farias.

Guaracy Farias era membro da comissão de licitação da estrada de ferro e, na época da Antítodo, era o presidente da Comissão de Licitação da Secretaria de Estado da Saúde e foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção, entre outros.

Já o funcionário da Receita Federal Braz Martial Josaphat teria agido como lobista nos dois casos, segundo o superintendente da PF. Durante operação Antídoto, Josaphat foi apontado pela PF como o cabeça do bando que desviou mais de R$ 40 milhões dos recursos que deveriam ser empregados na compra de medicamentos para a rede de saúde pública no Amapá.

Rui Fontel diz que há indícios de que todos os citados na Operação Toque de Midas cometeram crimes de formação de quadrilha, corrupção e fraude em licitação. Ninguém foi preso ontem. O segundo passo é a análise do material apreendido, que pode comprovar a materialidade e autoria dos crimes.

"Com os dados colhidos durante a operação, os quais poderão proporcionar novas informações, o Ministério Público Federal dará seguimento à ação, requerendo que as medidas especificadas no ordenamento jurídico sejam atendidas, caso sejam comprovadas as irregularidades", informa, através de nota, a Procuradoria da República no Amapá.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Toque de Midas - Um brinde e outras gitinhas...

Será que vazou ontem a informação de que a Polícia Federal iria deflagrar hoje a operação Toque de Midas?
Dizem que quando os agentes da PF chegaram na casa de um dos envolvidos, de manhã cedinho, ele não estava lá, não havia nenhum documento, mas duas taças sujas de vinho importado e um pratinho com cuís de tira-gosto indicava que antes de sumir no trecho junto com os documentos a pessoa ainda fez um brinde.


Braz Martial Josaphat e Guaracy Campos Farias, envolvidos na Toque de Midas, já são velhos conhecidos da Polícia Federal. Em março e em agosto do ano passado eles foram presos nas operações Antídoto I e II, acusados de fazerem parte de uma quadrilha que surrupiou mais de R$ 40 milhões da Saúde no Amapá.

A ponta do fio que levou a Polícia Federal a investigar o processo licitatório da estrada de ferro do Amapá surgiu em 2006, exatamente quando a PF começou a investigar o desvio dos R$ 42 milhões da saúde.

Superintendente da Polícia Federal diz que há indícios de que os citados na Toque de Midas tenham cometido os crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção ativa e passiva.

A MMX distribuiu nota declarando que que não realiza quaisquer atividades de mineração de ouro no Amapá ou em qualquer outra região do País. Pode ser. Mas quando as investigações começaram a MMX tinha uma parte da MPBA - que explora ouro em Pedra Branca. De acordo com a Polícia Federal há fortes suspeitas de que o minério não esteja sendo totalmente declarado perante os órgãos arrecadadores de tributos, principalmente a Receita Federal.

Mais tarde eu volto.

Tá no G1

Alvo de buscas da PF, ações da mineradora de Eike Batista caem 13%

As buscas da Operação Toque de Midas da Polícia Federal têm efeito direto sobre as ações das empresas do grupo de Eike Batista negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Pouco antes das 14h, as ações da MMX - que foi alvo de buscas da PF nesta sexta-feira (11) - caíam 13,57%.
No gráfico do comportamento da empresa no dia, é possível notar o efeito do anúncio da operação da Polícia Federal. O papel, que registrava alta no fim da manhã, passou a ter forte queda por volta das 13h, logo após o anúncio da Operação Toque de Midas.
Os papéis da OGX, empresa de área de petróleo e gás de Eike Batista, que estreou há pouco menos de um mês na Bovespa, arrecadando R$ 6,7 bilhões, registravam queda de 20,55% às 13h58 sexta-feira (11), sendo negociadas a R$ 720.
Os papéis da OGX, empresa criada por Batista em setembro de 2007, ainda não fazem parte do Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista. No dia de seu lançamento, 13 de junho, o preço do papel foi estabelecido em R$ 1.131. Isso quer dizer que, em pouco menos de um mês, já registraram baixa de 36,3%.

Tá no Portal Terra

PF faz buscas na casa do empresário Eike Batista
Alcinéa Cavalcante e Marina Mello
Direto de Macapá e Brasília



A Polícia Federal cumpre, nesta tarde, mandado de busca e apreensão na casa do empresário Eike Batista, no Rio de Janeiro. A PF investiga a possibilidade de fraude em licitação por parte do empresário para realizar a obra da estrada de ferro do Amapá, que liga os municípios de Serra do Navio e Santana e é responsável pelo transporte de minério do interior do Estado para o porto de Santana às margens do rio Amazonas.


Uma empresa que pertence a Eike Batista, do grupo MMX, foi a que venceu o processo licitatório e, segundo a PF, há fortes indícios de fraude nesta licitação. As buscas fazem parte da Operação Toque de Midas deflagrada hoje pela polícia no Amapá onde são cumpridos outros 12 mandados de busca e apreensão.

A polícia Federal informou que foram encontrados indícios de direcionamento da licitação para que as empresas do grupo MMX vencessem a concorrência. O irecionamento se daria com o ajuste prévio de cláusulas favoráveis às empresas do grupo MMX, principalmente as referentes à habilitação dos participantes no procedimento licitatório, afastando, dessa forma, demais interessados na concessão da estrada de ferro.

A concessão foi obtida pela empresa Acará Empreendimentos Ltda., perante o governo do Estado do Amapá, sendo posteriormente repassada à MMX Logística Ltda., ambas do mesmo grupo econômico. Parte do grupo MMX foi vendido para a mineradora Anglo American por US$ 5,5 bilhões.

De acordo com a Polícia Federal, a investigação apura o possível desvio de ouro lavrado nas minas do interior do Estado, havendo fortes suspeitas de que o minério não esteja sendo totalmente declarado perante os órgãos arrecadadores de tributos, principalmente a Receita Federal.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em Macapá (AP), nas residências de Braz Martial Josaphat (AFRF e lobista), Ruben Bemerguy (ex-procurador geral do Estado), Guaracy Campos Farias (membro da comissão especial de licitação da estrada de ferro), na empresa Conterra Ltda. (prestadora de serviços à MMX) e na Secretaria de Planejamento e Orçamento do Estado do Amapá; em Santana (AP), nas instalações da MMX Amapá Ltda.; em Pedra Branca do Amapari (AP), na mina do projeto ferro da MMX e na Mineração Pedra Branca do Amapari Ltda.; em Belém (PA), na residência de Jose Carlos Frederico (empregado da MPBA e da MMX); no Rio de Janeiro (RJ), nas residências de Eike Fuhrken Batista (presidente da MMX), Flavio Godinho (vice-presidente da MMX) e na sede da MMX Amapá Mineração Ltda.

PF deflagra Operação Midas

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a Operação Toque de Midas, no Amapá, para desmontar uma quadrilha que fraudou o processo licitatório de concessão da estrada de ferro do Amapá, que liga os municípios de Serra do Navio e Santana e é responsável pelo transporte de minério do interior do estado para o Porto de Santana às margens do Rio Amazonas.
A PF informou que foram encontrados indícios de direcionamento da licitação para que as empresas do grupo MMX vencessem o certame. O direcionamento se daria com o ajuste prévio de cláusulas favoráveis às empresas do grupo MMX, principalmente as referentes à habilitação dos participantes no procedimento licitatório, afastando, dessa forma, demais interessados na concessão da estrada de ferro.

A concessão foi obtida pela empresa Acará Empreendimentos Ltda., perante o Governo do Estado do Amapá, sendo posteriormente repassada à MMX Logística Ltda., ambas do mesmo grupo econômico. Parte do grupo MMX foi vendido para a mineradora Anglo American por 5,5 bilhões de dólares.

De acordo com a Polícia Federal a investigação tem por objeto o possível desvio de ouro lavrado nas minas do interior do estado, havendo fortes suspeitas de que o minério não esteja sendo totalmente declarado perante os órgãos arrecadadores de tributos, principalmente a Receita Federal.

Estão sendo cumpridos 12 (doze) mandados de busca e apreensão expedidos
pela Justiça Federal do Amapá, sendo: cinco em Macapá/AP, nas residências de Braz Martial Josaphat , Ruben Bemerguy , Guaracy Campos Farias (membro da comissão especial de licitação da estrada de ferro), na empresa Conterra Ltda. (prestadora de serviços à MMX) e na Secretaria de Planejamento e Orçamento do Estado do Amapá; um em Santana/AP, nas instalações da MMX Amapá Ltda.; dois em Pedra Branca do Amapari/AP, na mina do projeto ferro da MMX e na Mineração Pedra Branca do Amapari Ltda.; um em Belém/PA, na residência de Jose Carlos Frederico (empregado da MPBA e da MMX) e três no Rio de Janeiro/RJ, nas residências de Eike Fuhrken Batista (presidente da MMX), Flavio Godinho (vice-presidente da MMX) e na sede da MMX Amapá Mineração Ltda.

PF deflagra Operação Midas

Peraí que eu já venho contar tudinho sobre a Operação Toque de Midas que a PF deflagrou hoje em Macapá para desmontar uma quadrilha que fraudou o processo licitatório da estrada de ferro do Amapá.
Até na casa do Eike Batista, no Rio de Janeiro, a PF foi fazer buscar e apreensão.


Estão sendo cumpridos 12 (doze) mandados de busca e apreensão expedidos
pela Justiça Federal do Amapá, sendo:

cinco em Macapá/AP, nas residências de Braz Martial Josaphat (AFRF e lobista), Ruben Bemerguy (ex-procurador geral do estado), Guaracy Campos Farias (membro da comissão especial de licitação da estrada de ferro), na empresa Conterra Ltda. (prestadora de serviços à MMX) e na Secretaria de Planejamento e Orçamento do Estado do Amapá;

um em Santana/AP, nas instalações da MMX Amapá Ltda.;
dois em Pedra Branca do Amapari/AP, na mina do projeto ferro da MMX e na Mineração Pedra Branca do Amapari Ltda.;

um em Belém/PA, na residência de Jose Carlos Frederico (empregado da MPBA e da MMX) e

três no Rio de Janeiro/RJ, nas residências de Eike Fuhrken Batista (presidente da MMX), Flavio Godinho (vice-presidente da MMX) e na sede da MMX Amapá Mineração Ltda.

O velho comandante deixa a política

Aos 90 anos, completados ontem, o ex-governador do Amapá e vereador Anníbal Barcellos (PSL) despede-se da política. Ele não concorrerá a reeleição, mas tentará eleger sua nora Sandra Ohana, ex-miss Amapá, para uma cadeira da Câmara de Vereadores de Macapá.
Carioca, militar da Marinha, Anníbal Barcellos foi governador nomeado do Amapá no período de 1979 a 1985, quando o Amapá ainda era Território Federal e os governadores eram nomeados pelo presidente da República.
Ao contrário dos demais governadores, Barcellos resolveu fixar residência em Macapá quando foi exonerado do cargo pelo então presidente José Sarney.
Em 1986 elegeu-se deputado federal constituinte pelo PFL. Em 1990, já com o Território elevado à categoria de Estado pela Constituição de 1988, tornou-se o primeiro governador eleito do Amapá (1991-1994). Ao término do mandato decidiu que ainda não estava na hora de aposentar-se da política e em 1996 elegeu-se prefeito de Macapá (1997-2000). Não conseguiu a reeleição, mas continuou fazendo política e em 2004 foi eleito vereador. “Agora me aposento da política e vou cuidar da saúde”, disse ele ao anunciar que não é candidato.
Barcellos é o único político amapaense que conseguiu exercer praticamente todos os cargos eletivos, de governador a vereador. Só não exerceu o de deputado estadual porque nunca tentou, para esse elegeu o neto Anníbal Barcellos.
Ontem, quando completou 90 anos, o velho comandante foi homenageado não apenas por correligionários e amigos. Mas por uma multidão de eleitores, emissoras de rádio e televisão, jornais e até adversários políticos que reconhecem Barcellos como uma das maiores lideranças políticas do Amapá e o homem que estruturou o Amapá para ser elevado à categoria de Estado.
Eu não fui a festa de Barcellos, nunca votei nele, mas tenho o maior respeito por ele e, como tanta gente, reconheço que Barcellos foi um dos governador mais importantes do Amapá. Aliás fala-se muito que tudo que o Amapá tem ou foi feito pelo Janary (primeiro governador) ou por Barcellos. É verdade que há um exagero nisso, mas que Barcellos fez muito por esse Estado isso é incontestável.


Daqui a pouco eu venho contar umas historinhas e causos de Barcellos.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

No centro histórico de Macapá

No Largo dos Inocentes - também conhecido por Formigueiro - as lixeiras só servem de enfeite. O lixo é jogado no pé das árvores, bem defronte da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.


Plantão nos cartórios eleitorais

Em todos os 16 municípios do Amapá os cartórios eleitorais estão funcionando em regime de plantão aos sábados, domingos e feriados para atender os candidatos, partidos e os eleitores que buscam a Justiça Eleitoral para esclarecimento de dúvidas. “O regime de plantão dará mais agilidade à questão processual e à fiscalização da propaganda eleitoral irregular”, disse a chefe do cartório da 2ª Zona Eleitoral de Macapá, Gisele Carneiro.
O regime de plantão vai até o dia 26 de outubro, caso não haja segundo turno. Havendo, as atividades continuam até o dia 13 de novembro.

Este ano não vai ser igual aquele que passou?

Alcilene Cavalcante, no blog Repiquete

Começou a campanha e as autoridades judiciárias prometem endurecer o jogo com os candidatos que burlarem a legislação eleitoral. Ontem ouvi atentamente o procurador federal Antonio Cardoso, falando ao programa de rádio Tribuna da Cidade, sobre os procedimentos que podem ser adotados contra os candidatos já conhecidos pela alcunha de “fichas-sujas”.

Que o jogo seja duro pela honestidade. E que a justiça nesta eleição seja para todos.

Nas últimas eleições só quem foi condenado pelo TRE do Amapá foram os jornalistas. Estamos, eu e outros, condenados a pagar multas milionárias. E no caso deste blog, e de outros colegas, um advogado meia-boca (que já está posando de novo este ano de “o bom em direito eleitoral” ) perdeu os prazos no TSE e ficou nos enganando.

Em 2006, candidato trocou voto por cirurgia de laqueadura, Policias foram presos por que impediram crimes eleitorais, comida era distribuída em escolas públicas em comícios disfarçados, e outros e outros crimes.

Mas o TRE condenou, além dos jornalistas, somente um suplente de deputado.

O Repiquete fica na torcida por um bom trabalho da justiça eleitoral e do TRE este ano.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Trocando figurinhas

Repórteres Kenny Nascimento (Canal 10) e Roberta Lia (Canal 6). Exemplo de bons profissionais



terça-feira, 8 de julho de 2008

Mais tarde

Gente, tive que formatar minha máquina por isso este blog só será atualizado à noite.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Japonês corre o risco de virar morador de rua

No ano em que se comemora o centenário da migração japonesa, o sexagenário Massao Fukada corre o risco de virar morador de rua em Macapá.
A vinda de Massao para o Brasil está ligada à destruição de Hiroshima. Vítima da guerra, sua tia Mineko Hayashida veio para o Brasil. Não sei em que ano ela chegou aqui, mas lembro-me dela no pátio de nossa casa contando para minha mãe que tropeçava nos cadáveres procurando corpos de parentes que foram mortos pela bomba de Hiroshima.
Aqui no Amapá, Mineko refez sua vida. Tornou-se professora, lecionou em várias escolas e um dia resolveu abrir uma lanchonete de comidas japonesas, na esquina da Almirante Barroso com a Hamilton Silva. Para ajudá-la na empreitada mandou buscar em Hiroshima, em 1976, o sobrinho Massao Fukada – que fazia o melhor sanduíche natural que já comi em toda minha vida.
“Snack Hiroshima” era esse o nome da lanchonete. Foi um sucesso! Era a mais conhecida e mais freqüentada do Amapá.
Mineko morreu. Acho que está fazendo uns 20 anos. Massao continuou tocando o estabelecimento, manteve a freguesia, fez benfeitorias tanto no prédio comercial como na residência. Foi assaltado várias vezes, levou tiro e um dia sofreu um derrame. A partir daí não teve mais condições de trabalhar. Alugou o prédio para um mini-box e sobrevive com algo em torno de R$ 400 mensais. E dizem que o mini-box passa meses sem pagar. Mora sozinho, com uma filha de 16 anos na casa, e sempre que precisa a vizinhança está pronta para socorrê-los.
Apesar de estar há 32 anos no Brasil, Massao não lê nem escreve uma palavra em português.

Ele conta que certo dia Tereza Hayashida, filha de Mineko – portanto, sua prima – foi a casa dele pedindo que ele assinasse um papel, que aquilo se tratava de um documento para dar entrada num pedido de aposentadoria junto ao INSS. E ele assinou. Só mais tarde foi saber que se tratava de um contrato de aluguel. Com este contrato sua prima foi à Justiça e moveu uma ação de despejo. A vizinhança testemunhou a favor de Massao, garantindo que ele sempre morou ali, nunca foi inquilino e fez benfeitorias.
Mas para surpresa de todo mundo na sexta-feira à tarde um caminhão pára na frente da casa de Massao e um oficial de Justiça informa que ele seria despejado naquele momento. Massao chorou, disse nunca ter pensado que depois de tantos anos de trabalho e agora doente e idoso tivesse que ir morar na rua com sua filha menor. A vizinhança se revoltou. Chamou advogado e a imprensa e conseguiu evitar o despejo. Ninguém arredou pé dali – nem vizinhos nem jornalistas – antes das 18h. Como se sabe depois das 18h ninguém pode ser despejado e nem no final de semana. Mas não se sabe o que pode acontecer hoje.
O advogado Waldeir Ribeiro está defendendo Massao. Ele diz que a ação da prima não procede de jeito nenhum porque ele nunca foi inquilino. Disse também que vai mover uma ação contra Tereza por ter usado de má-fé com Massao, quando fez com que ele assinasse um documento dizendo ser para aposentadoria e era um contrato de aluguel. Ele disse ainda que Tereza pode ser responsabilizada criminalmente por ter induzido a Justiça ao erro.
O advogado também vai pedir judicialmente que Tereza assuma o sustento de Massao, já que ele é idoso, doente e ela é a única parenta que ele tem, à exceção da filha – que é menor.

domingo, 6 de julho de 2008

Na disputa pela Prefeitura de Macapá

Coligação “Frente pela Mudança”
(PSB-PSOL-PMN)
Prefeito: Camilo Capiberibe - PSB
Vice: Randolph Rodrigues (PSOL)

PTB
Prefeito:
Lucas Barreto
Vice: Jurema Costa

Coligação “Nosso forte é Macapá”
(PDT-PP-DEM-PSDB-PTdoB-PSL)
Prefeito: Roberto Góes (PDT)
Vice: Helena Guerra (DEM)

PSTU
Prefeito:
Joivinlle Frota
Vice: Bruna Souza Ferreira

Coligação “Coragem para Mudar”
(PMDB-PTN-PCdoB)
Prefeita: Fátima Pelaes (PMDB)
Vice: Eury Farias (PCdoB)

Coligação “Macapá merece respeito”
(PSC-PHS-PTC-PSDC)
Prefeito: Moisés Souza (PSC)
Vice: Abel Nascimento

Coligação “Juntos por Macapá”
(PT-PR)
Prefeito: Dalva Figueiredo (PT)
Vice: João Trajano (PR)

E de Santana

Coligação “Muito mais por Santana”
(PTB-PSDB-PTdoB-PRB-PPS)
Prefeito: Rosemiro Rocha
Vice: Joucier Chaves Pinto

Coligação “Prefeito competente”
(PDT-PHS-PP-PSDC)
Prefeito: Sebastião Rocha
Vice: Mário Antônio Fascio

Coligação “União e esperança”
(PMDB-DEM-PV-PRTB-PSC-PTC-PSL)
Prefeito: Geovani Borges
Vice: Alessadro Sabino

Coligação “Santana não pode parar”
(PT-PR-PMN-PCdoB-PTN-PSB)
Prefeito: José Antônio Nogueira
Vice: Carlos Matias

PRP
Prefeito:
Joel Gilberto Cilião
Vice: Orlando Magalhães Vasconcelos

PSOL
Prefeito:
Ebrely Nunes de Andrade
Vice: Solange Pereira da Mota

Olha a mordaça aí

TSE restringe uso de internet na campanha

LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo

A restrição imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral ao uso da internet como instrumento de propaganda fechou as portas do mundo virtual para a divulgação de informação jornalística e de manifestações individuais sobre candidatos.

A limitação está prevista na Resolução nº 22.718, uma espécie de guia para as eleições municipais deste ano. O ponto mais polêmico é o fato de o TSE ter equiparado legalmente a internet ao rádio e à televisão, que são concessões públicas.

A legislação eleitoral proíbe a mídia eletrônica de difundir opinião favorável ou contrária a candidato e ainda de dar tratamento diferenciado aos postulantes. Já os jornais e revistas, que são empresas privadas, não sofrem restrições.

Na prática, a equiparação significa que as inúmeras ferramentas da internet --como blog, e-mail, web TV, web rádio e páginas de notícias, de bate-papo, de vídeos ou comunidades virtuais-- não poderão ser usadas para divulgar imagens ou opiniões que configurem apoio ou crítica a candidatos.

A vedação cria situações inusitadas. Um texto desfavorável a uma candidatura, por exemplo, pode ser publicado num jornal impresso, mas não pode ser reproduzido em um blog.

Até mesmo o internauta poderá ser multado se criar sites, blogs ou comunidades pró ou contra candidatos. O tribunal entende que quem não pode praticar um ato por meio próprio também não pode praticar por meio de terceiros.

Consultas
Uma consulta e um mandado de segurança foram encaminhados ao TSE para tentar esclarecer as dúvidas sobre a internet na disputa de 2008.
A consulta, assinada pelo deputado federal José Fernando de Oliveira (PV-MG), questionava o uso do e-mail, do blog, do link patrocinado (anúncio em site de busca) e de comunidades virtuais como instrumentos de propaganda.
Os ministros do TSE não chegaram a um consenso.
Enquanto o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, defendeu a internet como um espaço de liberdade de comunicação e, por isso, não sujeita a restrições legais, o colega Ari Pargendler apresentou cerca de 45 propostas de controle da rede mundial de computação.
O TSE optou pelo voto do ministro Joaquim Barbosa, que propôs postergar a discussão para casos concretos que ainda serão levados ao tribunal.
O mandado de segurança foi iniciado pelo Grupo Estado, que criticou a equiparação da internet às empresas de radiodifusão. Sem analisar o tema, o TSE rejeitou o recurso.

Reação
Advogados de empresas jornalísticas com portais na internet criticaram a resolução.

"É uma situação absurda. Um site vinculado a um jornal ou a uma revista pertence a um grupo privado, não é uma concessão pública, não pode ser censurado", disse o advogado do Grupo Estado Afranio Affonso Ferreira Neto.
Para ele, um internauta não tem uma postura passiva diante da notícia, ele precisa "navegar" até encontrar o que busca.
O advogado Luís Francisco Carvalho Filho, da Folha, também criticou os limites impostos pela resolução. "Como cidadão, tenho o direito de expressar a minha opinião em um blog, de dizer em quem voto e de criticar candidatos." Para Carvalho Filho, a maioria das questões sobre o uso da internet na eleição serão certamente analisadas pela Justiça.
Luiz de Camargo Aranha Neto, advogado das Organizações Globo, defendeu o fim da regulamentação da internet, a exemplo do que já ocorre em outros países. "Mesmo porque uma fiscalização é impossível, você pode criar um site num provedor do exterior. Como a Justiça vai impedir?"
Para o especialista em direito eletrônico Renato Opice Blum, a tendência é, aos poucos, a legislação brasileira ser menos proibitiva com a internet. "Mais cedo ou mais tarde, nós também teremos uma regulamentação mais equilibrada."

No mês passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio divulgou uma portaria permitindo o uso de blog, de site e de comunidade do Orkut na eleição. Vetou o uso do e-mail.