Tá no samba, tá no blog!

Delegado Claudionor e esposa Cleide. Eles fazem parte da diretoria de Maracatu da Favela

O delegado Claudionor - que alguns chamam de Craudionor - é uma figura! Vindo de Minas Gerais para o Amapá, tão logo aqui chegou procurou uma escola de samba. A primeira que encontrou foi Boêmios do Laguinho e lá saiu. Mas quando viu a verde-rosa na avenida o coração bateu mais forte. No ano seguinte lá estava ele e toda a família no Maracatu da Favela.

Claudionor mora no reduto do Piratão, no bairro do Trem, e só pra chatear certa vez pintou sua casa de verde e rosa.

Quando o Maracatu ganha o carnaval, ele faz festa no reduto do Piratão, roda todo o bairro buzinando e tocando, a todo volume, o samba de sua escola e soltando foguetes na frente das casas dos diretores do Piratão.

Mas já recebeu o troco. Da última vez que o Piratas foi campeão, o delegado pagou todos seus pecados. Os piratistas não perdoaram. Foram fazer a festa na frente da casa dele e ali passaram a noite inteira e o dia seguinte soltando fogos.

Além de pintar a casa de verde e rosa, quando chega fevereiro Claudionor só se traja com essas cores. Gente, os modelitos das bermudas dele é algo que não dá pra descrever.

Tirador de sarro, o delegado participa diariamente de todos os programas de rádio que tratam de carnaval para encrencar com as escolas adversárias.

Mas, preocupado com o social, ele criou o projeto "Costurando a Liberdade", pelo qual as detentas do presídio de Macapá fazem parte das fantasias do Maracatu e por cada dia trabalhado reduzem em dois dias a pena de detenção. O projeto vem sendo desenvolvido há vários anos.