Nós, Eles e a CPMF
Por Nelson Maroim (psicografado)
Aqui não importa saber o que fizeram os tucanos com a CPMF ou mesmo o que estão fazendo os petistas atualmente com os bilhões arrecadados a fórceps do povo brasileiro. Apesar das bicadas e safanões entre petistas e social-democratas, não se percebe diferenças entre métodos e práticas de governo de ambos, quer do ponto de vista da moral e da ética, quanto do prisma político e administrativo. Este último caracterizado pela cooptação, concussão, compra de votos, conchavos espúrios, mensalões, sanguessugas, renans, para dizer o mínimo da crônica policial recente.
Como se sabe, a CPMF foi criada pelos tucanos e mantida pelo neo-petismo, com o propósito de garantir o mais fundamental dos direitos humanos: a vida. Entretanto, ao longo dos anos se desvirtuou e atualmente, segundo seus críticos mais ácidos, serve pra tudo, inclusive para garantir a Bolsa-banqueiro e a Bolsa-empreiteira. O atendimento a saúde continua em queda livre. Pior em alguns casos. Por exemplo, no Maranhão até o Beribéri ressuscitou com força total. Há 240 casos registrados recentemente, parecendo coisa dos rincões menos assistidos da irmã África, com suas guerras e epidemias.
Na votação da CPMF, compareceu para garantir a aprovação do projeto, a esmagadora maioria pertencente a famosa base aliada, onde preponderam o PT, o PTB, o PMDB e outros com menor poder de fogo, mas de não menos “habilidade” política, na arte de apoiar governo, seja ele qual for e qual seu propósito. Vale destacar a falta de conexão entre vontade popular e Câmara Federal - que se diz representar o povo - no recente episódio da aprovação da prorrogação da CPMF, mantido o modelito tucano-petista.
Recente pesquisa realizada pela CNI/IBOPE informa que 83% da população brasileira não admite mais o modelito da CPMF, sendo que 54% se posicionou radicalmente contra sua manutenção. Somente 5% acolhe que o tributo seja mantido com está.
Aqui começa a se estabelecer, cristalino e incontestável, o distanciamento entre os parlamentares e vontade do povo. Apresentaram-se para votar favor do Governo exatamente 338 deputados, aproximadamente 65% da bancada federal do Brasil. No caso do Amapá, a situação é mais grave ainda. Das oito excelências da Câmara Federal, seis compareceram para dizer SIM, o que corresponde a 75% da bancada. Salvou a pátria, ou melhor, o Estado, o Davi Alcolumbre, único que se posicionou pelo NÃO.
De consolo só as palavras do ministro Walfrido dos (AR)Mares Guia que disse “o intuito do governo e baixar a alíquota da CPMF” e da líder do governo Ideli Salvati que informou “o governo vai desonerar a carga tributária para compensar a CPMF”. Mas existe algum brasileiro que ainda acredita nessa turma? Lembrei-me. Tem gente que acredita em curupira, boi-voador, boitatá e até boi-de-ouro-do-Renan.
Sinceramente, eu estou com medo que no Senado a gente feche 100%. Papaléo, nos salva do vexame!
Vejo agora a manchete “Renan defende a prorrogação da CPMF”. Quer melhor motivo pra votar contra?
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