quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ah, se todos fossem iguais a Juliele...

Por Renivaldo Costa*

Ah, se todos os meus dias fossem como este mês de dezembro!
Estou apaixonado perdidamente por duas mulheres. Uma delas, Caroline, amo por ofício e com ela me casarei no próximo sábado. A outra, Juliele, por deslumbramento, por ter tido a ousadia e competência de reunir num mesmo palco Rafael Altério, Sebastião Tapajós, Celso Viáfora, Patrícia Bastos, Nilson Chaves. Isto sem contar com uma platéia deslumbrada formada por ícones da literatura brasileira como Thiago de Mello, e alguns outros.
A cantora Juliele Marques é uma artista de primeira, disso não tenho dúvida. A moça interpreta e improvisa de verdade, misturando o que há de melhor na música brasileira. Cantou a Amazônia, o olhar a esta terra e foi além – mostrou-nos o amor, a separação e a preocupação com a perpetuação da vida no planeta, expressa na música-manifesto de Fernando Canto e Nivito Guedes. Ela e os músicos presentes naquela noite memorável me encantaram como nunca ninguém havia conseguido.
Juliele Marques está entre o melhor que o Amapá produziu neste século. Desde Patrícia Bastos, eu não via coisa assim. Pro meu gosto, foi o show do ano. Lirismo e criatividade aos borbotões. Isto que teve o emocionante show de Juliele. Ademais, um grande show de "voz e poesia" nos faz sonhar com tudo aquilo que poderia ter sido este país, se todos fossem iguais a esta minha nova musa.

* Renivaldo Costa é jornalista e escritor