quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mais sobre o Amaury

Terêncio Porto foi um governador do então Território do Amapá que mais perseguia jornalistas.
O senador José Sarney, por exemplo, adora processar jornalistas. Terêncio, como era governador, mandava logo prender.
Certa vez mandou prender até meu pai Alcy Araújo Cavalcante e quase que apanha de bolsa da minha mãe. Com medo da bolsada de minha mãe, Terêncio desistiu de prender meu pai.
Bom, mas voltando ao Amaury.
Aborrecido com uma notícia sobre o secretário-geral publicada na Folha do Povo, Terêncio entrou feito um furacão no gabinete do chefe de polícia
- Charone a minha vinda aqui é para autorizar a prisão do Amaury Farias e mandá-lo direto para uma das celas da Fortaleza.
- Governador, uma prisão só pode ser realizada se houver uma motivo justo. Se não for assim, o Amaury entra na Justiça e perderemos a ação lá, disse Charone.
- Mas há um motivo justo, Charone. Saiu uma notícia na Folha do Povo contra o secretário-geral e a esposa dele está em prantos suplicando a punição do responsável.
- Mas, governador, esse não é um motivo justo. E outra coisa: agora a esposa do secretário está chorando mas se a gente prender o Amaury quem vai chorar é a professora Deusolina (esposa do Amaury). Não vou prender.
Charone foi exonerado. Seu substituto também não acatou a ordem do governador.

Deusolina Sales Farias, primeira esposa de Amaury, foi professora, fundadora da Associação dos Professores do Amapá (APA) e sua primeira presidente, foi também a primeira mulher eleita para a Câmara de Vereadores de Macapá.