Diga aí, Norminha
"Macapá é uma das últimas cidadelas da Amazônia com peculiaridades que só podem ser vistas, ouvidas e vividas, em Macapá. Coisas do tipo ; o Alô, Alô Amazônia ; Um reduto remanescente de Quilombolas tão próximo da área urbana, como o CURIAÚ ; As festas de Santo com ladainha rezada em Latin como, a Festa de Nossa Senhora do Carmo , no Retiro "Maracanã Grande", da Tia Raimunda Araújo Picanço ; a Revoada das andorinhas imigrantes, todos os dias, às 18hs, em pleno Centro comercial na Cândido Mendes, e por aí, a fora... eu precisaria de noites a fio para enumerar tantos aspectos i
ímpares do Amapá.
E é claro, nesse elenco de elementos culturais pitorescos que fazem toda a diferença e peculiaridade nesse torrão natal, não posso deixar de citar o Carnaval Macapaense .
Quando cheguei em Macapá para passar uma temporada, nos idos 1999, uma coisa me chamou a atenção! A forma como o carnaval envolvia as comunidades foliãs. Digo que chamava atençaõ, porque, apesar de estarmos na época, as portas do século XXI, mas, o carnaval no Amapá resiste a uma caracteristica, que talvez lhe seja tão peculiar pelo fato de sua localização, tão no extremo oeste da amazônia. A característica de um carnaval que tem a fantasia , a magia, e o romantismo herdado dos cordões e blocos de rua. Isso pode ser vistos nos grandes grupos de amigos , vizinhos , a juventude que sai em várias escolas na mesma noite, é lá, na passarela do samba, bem no meio do mundo, nas noites de momo é que encontramos com todos e todas, em uma harmonia muito familiar, que só termina na quarta-feira de cinzas, na hora da contagem dos votos dos jurados. Normal...
Mas, como disse anteriormente, toda essa alegria, deve-se em parte a sua localização e que faz com que possamos ter aí, em Macapá , além de 92% de suas áreas verdes preservadas, uma manifestação cultural pagã , tão cheia de beleza e emoção , sem deixar a desejar nada a nenhuma bateria da Sapucai. Digo sem medo de pecar por ufanismo!. Sabes porque, Alcinéa?por quê, já desfilei na Sapucai e o repique da Bateria do PIRATÃO , quando chega na frente da comissão julgadora é algo capaz de embriagar os olhos e embebedar os ouvidos... Por isso, sempre dizia, não saio deste Amapa´, sem antes desfilar no PIRATÃO. E assim, foi. Numa bela manhã de carnaval de 2006 - sim, porque, para manter a tradição, o PIRATÃO, só entra na avenida ao raiar do dia - lá estava eu , toda garbosa, na minha fantasia , só para sentir a vibraçao e a emoção da bateria nota 10 do PIRATÃO, e foi na Av. Ivaldo Veras, que percebi , que o repique dos tambores do PIRATÃO , só é menor que o repique da bateria do SALGUEIRO, por exemplo, por quê, a Escola de Samba do Rio de Janeiro, tem um número maior de ritimistas. Mas, o frio na barriga e a falta de saliva na boca, quando o PIRATÃO entrou na avenida naquela bela Manhã de Carnaval de 2006, foi igualzinho quando entrei na Marquês de Sapucaí para desfilar pela Beija-Flor, em 1998. Foi demais!!!
Este ano, fiquei de olho compriiido, pois já li na internet que a Escola do Laguinho vai homenagear o PARÁ, portanto, se aí estivesse, teria que , além do PIRATÃO, desfilar no Boêmios, também. Quem sabe, uma outra bela Manhã de Carnaval está se desenhando no universo."
E é claro, nesse elenco de elementos culturais pitorescos que fazem toda a diferença e peculiaridade nesse torrão natal, não posso deixar de citar o Carnaval Macapaense .
Quando cheguei em Macapá para passar uma temporada, nos idos 1999, uma coisa me chamou a atenção! A forma como o carnaval envolvia as comunidades foliãs. Digo que chamava atençaõ, porque, apesar de estarmos na época, as portas do século XXI, mas, o carnaval no Amapá resiste a uma caracteristica, que talvez lhe seja tão peculiar pelo fato de sua localização, tão no extremo oeste da amazônia. A característica de um carnaval que tem a fantasia , a magia, e o romantismo herdado dos cordões e blocos de rua. Isso pode ser vistos nos grandes grupos de amigos , vizinhos , a juventude que sai em várias escolas na mesma noite, é lá, na passarela do samba, bem no meio do mundo, nas noites de momo é que encontramos com todos e todas, em uma harmonia muito familiar, que só termina na quarta-feira de cinzas, na hora da contagem dos votos dos jurados. Normal...
Mas, como disse anteriormente, toda essa alegria, deve-se em parte a sua localização e que faz com que possamos ter aí, em Macapá , além de 92% de suas áreas verdes preservadas, uma manifestação cultural pagã , tão cheia de beleza e emoção , sem deixar a desejar nada a nenhuma bateria da Sapucai. Digo sem medo de pecar por ufanismo!. Sabes porque, Alcinéa?por quê, já desfilei na Sapucai e o repique da Bateria do PIRATÃO , quando chega na frente da comissão julgadora é algo capaz de embriagar os olhos e embebedar os ouvidos... Por isso, sempre dizia, não saio deste Amapa´, sem antes desfilar no PIRATÃO. E assim, foi. Numa bela manhã de carnaval de 2006 - sim, porque, para manter a tradição, o PIRATÃO, só entra na avenida ao raiar do dia - lá estava eu , toda garbosa, na minha fantasia , só para sentir a vibraçao e a emoção da bateria nota 10 do PIRATÃO, e foi na Av. Ivaldo Veras, que percebi , que o repique dos tambores do PIRATÃO , só é menor que o repique da bateria do SALGUEIRO, por exemplo, por quê, a Escola de Samba do Rio de Janeiro, tem um número maior de ritimistas. Mas, o frio na barriga e a falta de saliva na boca, quando o PIRATÃO entrou na avenida naquela bela Manhã de Carnaval de 2006, foi igualzinho quando entrei na Marquês de Sapucaí para desfilar pela Beija-Flor, em 1998. Foi demais!!!
Este ano, fiquei de olho compriiido, pois já li na internet que a Escola do Laguinho vai homenagear o PARÁ, portanto, se aí estivesse, teria que , além do PIRATÃO, desfilar no Boêmios, também. Quem sabe, uma outra bela Manhã de Carnaval está se desenhando no universo."
Norma Oliveira é jornalista, apaixonada por Macapá e pelo carnaval amapaense, mora em Belém, de onde sempre manda notícias pro povo de cá.
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