Diga aí, Paulão!
“Néa,
Vou começar dizendo da Macapá da tranqüilidade da minha infância. De ter nascido na Rua São José e ter sido "aparado" pela parteira Inezelina, a dona Inês, que acabou sendo minha madrinha de batismo. E me parecer que sua também. Digo do quanto foi bom jogar bola na beira da praia e tomar banho no trapiche Eliezer Levy (meu pai era marítimo, e aí ficava mais fácil). Felicidade foi estudar em uma escola que ficava na Rua da Praia (área hoje ocupada pelo hotel) e depois correr pela área do estaleiro e fechar com um sorvete no Macapá Hotel.
Depois veio a convivência na Praça da Matriz, a participação no grupo escoteiro São Jorge e a paixão pelo Juventus. Não tem como não lembrar o curso de Admissão (lembra?) no Barão do Rio Branco, o ingresso no IETA e os jogos estudantis (fui atleta dos bons), sempre fazendo amigos. Digo da mudança para o bairro do Trem, a paixão pelo Ypiranga e por Piratas da Batucada. Digo da construção de grandes amizades e do conhecimento de pessoas que ajudaram na minha formação. Algumas delas já se foram, mas sem realmente partir.
Digo com tristeza da Macapá atual, abandonada pelo Poder Público e deixada de lado por homens do poder que tentam nos enganar todos os dias com a "conversa mole" de sempre. Eles não gostam da cidade. Mas digo que continuo com fé na vida, com fé no que virá. Um grande abraço a você e aos que curtem este seu espaço na internet.”
Paulo Silva, 53 anos, jornalista e radialista. Foi diretor das rádios Difusora e Nacional e de O Liberal Amapá,, além de ter ocupado outros cargos públicos. Atualmente é coordenador editorial do Jornal do Dia e um dos apresentadores do programa Tribuna da Cidade, na Rádio Cidade 101-FM.
É um dos mais responsáveis e éticos jornalistas que conheço.
Conheci o Paulão em 1975, magrinho. Eu trabalhava no Jornal do Povo e ele na Rádio Difusora.
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