Diga aí, Osvaldo!
"Nesse momento em que se aproxima o Natal, famílias amapaenses ornamentam suas residências com os enfeites natalinos importados... meus olhos enchem de alegria e saudade... alegria por ver a facilidade hoje para ornamentar a casa com o tema natalino, antigamente era no improviso: algodão, galho de árvore... Saudades do tempo de criança, quando de mãos dadas em famílias descíamos até a praça da matriz ( descíamos por que naquele tempo não íamos ao comércio, íamos lá pra baixo), ouvindo os periquitos nas mangueiras da praça, pois era o início da florada, início das mangas, eles se alimentavam fazendo festa no entardecer... assim, caminhávamos ao centro da praça da matriz onde ali estava um presépio... presépio construído nos seus mínimos detalhes. Sem o menino Jesus na manjedoura, só no dia 25 de manhã que ele aparecia, era quando nascia. Eu achava misteriosa aquela teatrealização, porém, gostosa. Também por ali ficava um papai noel... naquele tempo (anos 60) não existia tanta violência. Ainda podíamos sonhar caminhando de mãos dadas..."
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