segunda-feira, 30 de março de 2009

Olha só o nível

"Se tiver que ir pra porrada eu vou pra porrada"
(Prefeito Roberto Góes)

Como vocês sabem na quinta-feira, 26, os guardas municipais fizeram um protesto na frente da Prefeitura de Macapá e depois invadiram o gabinete do prefeito exigindo o pagamento de horas extras e adicional noturno.
Pois bem, os guardas gravaram e filmaram o diálogo, ou melhor o bate-boca, entre eles e o prefeito de Roberto Góes (PDT).
Confira alguns trechos do bate-boca:

Guarda – Prefeito, pague o nosso salário
Prefeito – O salário vai ser pago. Mas o que eu vejo aqui é todo mundo querendo receber seu adicional noturno, a sua hora extra, o que eu acho válido, mas pra quem trabalha!

Guarda – Que somos nós, né?
Prefeito - Porque no final das contas que assina o cheque sou eu e a Helena (vice-prefeita). O que eu falei da minha guarda? Falei que eu queria uma guarda respeitada, uma guarda com autoridade, eu queria uma guarda sem pegar propina, foi isso que eu falei que eu queria…

Guarda – Mas pra isso tem que ter condições.
Prefeito – Isso é desculpa. O que eu quero de vocês é essa disposição para enfrentar o problema e vou enfrentar quanto for preciso. Se tiver que ir pra porrada, eu vou pra porrada (...). Se tiver que fazer greve não tem problema porque eu sei combater greve com greve porque eu fiz isso a vida toda, a Helena também fez. Eu passei 14 anos na Assembléia (Assembléia Legislativa do Amapá) , a Helena passou 20 anos na Câmara (Câmara de Vereadores de Macapá).

Guarda - Na campanha, prefeito, vocês aceitaram e agora…
Prefeito – Aceitaram o que?

Guarda – Aceitaram a proposta do aumento de salário da guarda...
Prefeito – Vocês vão desmobilizar o que vocês fizeram aqui e eu vou conversar com uma comissão. A decisão tá tomada. Duzentos e setenta mil eu não vou pagar.

Guarda - Não é seu filho que vai chorar no final do mês.
Prefeito - Não interessa

Guarda – Todo mundo tem conta pra pagar aqui.
Prefeito – Problema é de vocês. Se vocês quiserem continuar, fiquem; se quiserem paralisar, paralisem. Uma hora irregular, um adicional noturno, a Prefeitura não vai pagar.


O vídeo dessa "reunião" você assiste aqui.