Parabéns, confrade!
Hoje todos os foguetes, rufar de tambores e gengibirra deste blog são para esse baixinho de fala mansa, amante de esportes radicais, jipeiro, poeta dos bons, bom contador de piadas, jornalista, escritor e editor do jornal "a Gazeta", meu amigo Paulo Ronaldo Almeida, que aniversaria nesta quinta-feira, 28. É gente que mora no meu coração.
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Vale a pena ler de novo o bate-papo rapidinho deste blog com Paulo Ronaldo em março, na seção Vida de Repórter.
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Vamos lá:
O começo - Entrei no jornalismo em outubro de 1996, no Jornal Diário Marco Zero. O convite veio do José Marques Jardim. Já éramos amigos e tínhamos feitos uma exposição da I Mostra de Poesia Marginal, no Alexandre Vaz Tavares, o nome era uma referência ao movimento Poesia Marginal, surgido na década de 70.
Comecei como digitador. Mas um dia faltou um repórter e o Jardim pediu que eu fosse para a rua fazer polícia. Fui no Hospital de Emergência. Bom, o primeiro dia é sempre difícil. Transcrevi o texto do policial escrito no livro de ocorrência e passei o resto do dia batendo cabeça. Acho que ficou uma merda porque o Jardim reescreveu tudo. Mas, fui ficando, ficando e acabei sendo contratado.
Uma matéria inesquecível - Se tivesse que escolher uma matéria que fiz, escolheria uma que mostrou as mães sentadas em um banco de madeira e segurando seus filhos doentes no Hospital de Emergências, que na época se chamava Pronto Socorro, isso era 1998, época do governo Capi, quando o Diário do Amapá batia direto nele.
A matéria gerou repercussão e o promotor Pedro Leite mandou apurar a denúncia e constatou que além daquele problema, havia outros. O inquérito foi concluído seis meses depois da matéria ser publicada e ele abre com a reportagem feita por mim com as fotos do Samuel Silva, que ainda continua no Diário. No inquérito o promotor sugere ao governador que fosse construído um lugar exclusivo para atender crianças de 0 a 14 anos, surgindo meses depois o PAI (Pronto Atendimento Infantil). Me orgulho disso.
O maior mico que já pagou - Acho que o maior mico foi uma vez que o Douglas Lima (Diário do Amapá) me pautou para fazer uma matéria sobre o Vestibular. Tava começando a fazer matérias de cidades, antes só fazia polícia. Ai perguntei pra ele, quem eu deveria procurar. Ele respondeu: “Procura o Daves.”
E lá eu fui para a universidade procurar o tal de Daves e depois de algumas respostas negativas, já que ninguém conhecia essa pessoa, foi que o vigilante me chamou e disse: Daves é um departamento e não uma pessoa. Aí que fui ver que Daves era Departamento de Apoio ao Vestibulando.
Uma matéria interessante - Fui na lixeira pública há uns cinco anos, fazer aquelas velhas matérias de final de ano. E lá conheci um casal que tinha começado o namoro catando lixo. Fiz o texto contando a história dos dois e coloquei título o “Lucia e João: o amor que nasceu no lixo”. Foi legal.
O maior desafio - Ser editor de um jornal diário sem dúvida nenhuma é um grande desafio para qualquer profissional, mas o grande desafio meu foi quando o jornal entrou em crise financeira e muitas vezes tive que fechar a edição praticamente sozinho. Depois perdi o que eu considerava meus pilares dentro da redação: Lorena, Elder e Ângelo. Foi a partir deste ponto que eu tive realmente mostrar minha capacidade. Porque sem equipe tinha a missão de colocar o jornal todos os dias nas bancas e com qualidade. Algumas vezes conseguia outras não.
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