Remédios no lixo
Entra ano e sai ano, muda governo e prefeito, muda secretário de saúde e a patifaria continua.
Há anos é rotina faltar remédios nos hospitais e postos de saúde e também já virou rotina jogar remédio no lixo.
Os medicamentos, que sabe-se lá por que, não vão para os hospitais e postos de saúde, vencem nas prateleiras dos almoxarifados e depois são jogados no lixo geralmente em bairros de periferia.
Ontem uma grande quantidade de medicamentos com prazo de validade vencido, seringas descartáveis e fracos de soro foi encontrada numa área de ressaca do bairro Universidade. Sem noção do perigo, a criançada do bairro, se divertia brincando com as seringas e os remédios.
Dentre os remédios jogados no lixo, a maior quantidade era de Tienam 500 injetável, usado para combater infecções graves. Havia também remédios cujos frascos chegam a custar oitocentos reais nas farmácias de Macapá.
Toda vez que se descobre que medicamentos são jogados no lixo, as autoridades juram que vão abrir inquérito, vão fazer sindicância para chegar aos culpados e que estes serão punidos e os deputados fazem discursos indignados na mídia e na tribuna. Tudo jogo de cena. Não se resolve nada, não se descobre os culpados e quando a coisa está caindo no esquecimento, mais um monte de remédios é encontrado no lixo.
Até quando?
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