Um exemplo de cavalheirismo e civilidade
Presenciei agora há pouco um acidente de trânsito pertinho da minha casa. Um gol vermelho dirigido por uma mulher avançou a preferencial no cruzamento da avenida Almirante Barroso com a rua Hamiltom Silva acertando em cheio o carro do repórter policial Ery Santos, que rodopiou na pista e por pouco não atingiu outro veículo. Graças a Deus ninguém saiu machucado, mas o prejuízo é grande. A dianteira do gol ficou imprestável e a lateral do carro do repórter também.
Ery Santos manteve a maior calma do mundo - coisa rara de se ver em acidentes de trânsito. E mais do que isso: educado e cavalheiro, deu todo apoio a mulher, embora ela estivesse errada.
Muito nervosa, a mulher contou que vinha do Hospital São Camilo onde fora se curar de uma forte dor de cabeça, que mora num bairro distante, na periferia, e não tem familiares em Macapá, a não ser um jovem, portador de necessidades especiais, que estava com ela no carro. Não sabia a quem recorrer, o que fazer, que providências tomar para pelo menos rebocar o carro. Ery acalmou a mulher, providenciou um carro guincho e ainda se prontificou a acompanhá-la até sua casa.
E tem gente que por muito menos, xinga, grita e até puxa arma para matar o infrator.
No momento do acidente estava chovendo. A mulher não costuma andar por este bairro, portanto não conhece direito o trânsito daqui. Neste cruzamento não há sinalização horizontal (aliás não há em quase toda a cidade) e a sinalização vertical fica praticamente escondida atrás de um poste.
Ah, sim, a mulher disse que vai pagar o prejuízo do Ery. Mas ele disse que pode deixar pra tratar disso amanhã ou depois, o mais importante no momento era ela se acalmar e chegar com segurança em casa e sem esquecer de agradecer a Deus por ninguém ter se machucado.
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