segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Diga aí, Veneide!

“Uma lembrança marcante que tenho de nossa Macapá antiga, é quando, na adolescência, nas tardes de domingo íamos ao Cine João XXIII ou ao Cine Macapá, ou aos dois, porque saíamos de um cinema e íamos para o outro. Depois, eu, minha irmã Vanda, a Elizete Murici, a Maria José, filha da Prof. Aspázia, a Norma Iracema, rumávamos para a frente da cidade pela Av. Mário Cruz, cheia de casas antigas onde cruzávamos com os casais de namorados que faziam o mesmo percurso. Essa rua era praticamente a única que levava do centro até o hotel. Tomávamos sorvete no Hotel Macapá e, depois, passeávamos pelo trapiche Eliezer Levy (ihhh, agora o Mário Jucá declarou que ia olhar a calcinha das meninas que passeavam pelo trapiche. Será que ele estava lá aos domingos também?? Ahahahahah!) Que que é isso, Mário!
Quando voltávamos, subíamos a Av. Mário Cruz, e pegávamos a Rua São José, na direção de nossas casas, passando ao lado da Piscina Territorial. A Rua São José era mais estreita entre o Gato Azul e a Praça. Depois da piscina, as colegas que moravam na Av. Raimundo Álvares da Costa se dirigiam cada uma para suas casas e eu e a Vanda continuávamos até a Rua Cândido Mendes, com a Av. Ernestino Borges. No outro domingo, depois da semana de aulas, tudo se repetia.
À noite, eu costumava brincar de pira com a molecada da vizinhança da Cândido Mendes. Existiam bem poucos carros e a rua só era asfaltada da Av. FAB até o centro comercial. Os prédios das lojas eram quase todos de madeira e a rua terminava depois da Fortaleza de São José."


Veneide Cherfen de Souza, com a irmã Vanda e a amiga Elizete Murici no dia 13 de setembro de 1968.
Ela nasceu na Rua Cândido Mendes de frente para o vento que vem do Rio Amazonas. Hoje, aposentada, vive entre o Brasil, a França e um terreno rural às margens do Rio Araguari.