segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O leitor escreve

Cara Alcinea;
Estou escrevendo para seu site, pois não terei espaço em emissora de rádio ou jornal local, todos dominados e amordaçados pelas verbas públicas, para manifestar minha situação e de outros 30 companheiros mandados embora da Câmara Municipal de Macapá pela vereadora Helena Guerra, presidente daquela casa de leis.
Desculpe por não assinar, pois se fizer isso aí mesmo é que a perseguição será ampliada. Mas o que relato aqui é verdadeiro e nada ofensivo.
Dona Helena se orgulha de ser temente a Deus e comandar o Grupo das Lágrimas, ajudando pessoas com dificuldades. Além disso, ela criou o Dia do Abraço na CMM, como forma de estreitar os laços de amizade entre os servidores de lá. Entretanto, tudo isso soa falso e demagógico diante do que ela fez com a gente.
Vai fazer dois anos que ela chamou a imprensa e disse estar demitindo 32 servidores fantasmas. Era mentira, pois todos trabalhavam e assinavam ponto. Grande parte deles tinha mais de dez anos de serviços. Todo mundo foi mandado embora, e até hoje a senhora Helena Guerra, que gosta de aparecer como benfeitora social, não nos pagou nenhuma verba indenizatória e sequer liberou nosso FGTS, que parece não ter sido recolhido pela Câmara.
Entretanto, ela contratou mais de 200 pessoas pela via do contrato administrativo ou em cargos comissionados, dispensando grande parte após ser eleita vice-prefeita de Macapá. E a CMM tem mais de 1 milhão de reais por mês. Os maiores salários, que são dos servidores efetivos, são pagos pela prefeitura de Macapá. Será que a senhora Helena Guerra consegue encostar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüila diante de tanto mal causado a 33 pais e mães de família?